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“Concordo com a ideia de estar feliz”

Mag solteira e sexy.jpg

A Mag vive em Lisboa. O seu percurso divide-se em três áreas: Enfermagem, Fotografia e Djing. Magda diz-nos que há uma coisa transversal a estes três ofícios: todos os dias, mesmo todos, surge algo novo e distinto. Esta vertente de mudança, novidade, desafio atrai-me. Gosta de dormir e é tia de trigémeos. Assina o interessante projecto fotográfico “Queer em Lisboa”. 

 

 

Quanto mais nos aproximamos do Dia d@s Namorad@s, parece que estar solteira é uma pequena tragédia. Concordas? Pensas muito nisso?

Não concordo e raramente penso nisso. Claro que há momentos de maior desamor e nostalgia, por vezes, mas namorar tem de ser puro, inusitado e extraordinário. Amamos e temos a sorte de namorar com a pessoa amada quando assim é. Se tal não calha num dia de Fevereiro, não há tragédia nisso. Os acontecimentos espantosos da vida não obedecem nem querem saber de datas para nada, limitam-se a acontecer.

 

É fácil estar solteira ou é difícil estar num relacionamento?

Qualquer situação é fácil, difícil e tudo o que está no meio disso. O que rege o que sinto enquanto estou solteira ou num relacionamento é a busca de felicidade, o crescimento e honestidade. Se mexer nestes três pontos, mexo com o grau de dificuldade de qualquer coisa.

 

Tiveste e tens muitas pretendentes?

Não sei. (risos)

 

O que te faz apaixonar por alguém?

É uma pergunta íntima. Apaixonar-me é raro, singular e extremamente precioso. Mas posso dizer que fico K.O. com uma mulher que me deixa nervosa.

 

Magda Moutinho.jpg

O que não suportas noutra pessoa com quem gostasses de partilhar a vida?

Se sinto que quero partilhar a vida com alguém, “não suportar” não se coloca. Se a pessoa faz algo que me desagrada, procuro perceber de onde veio tal comportamento, o porquê dele. Querer passar a vida ao lado de alguém já pressupõe partilha e mesma opinião em relação a valores e princípios primordiais.  

 

Já foste alvo de algum episódio de lesbofobia?

Felizmente, nunca fui.

 

Na tua opinião o que faz falta a Portugal no que respeita à igualdade para pessoas LGBT?  O casamento, a maternidade ou adopção estão nos teus planos?

O que falta é serenidade e compreensão. As pessoas LGBT estão a existir como sabem. Como são. Ainda há pessoas que criam resistência a algo tão simples e inevitável como “ser”? Não é discurso floreado, é literal: estamos a falar de “ser” e “existir”.

Quando, se, quiser tomar essas decisões, a única coisa que me importa é que sejam possíveis de alcançar. Espero que, nesse dia, não haja obstáculos legais, políticos, enfim, humanos.

 

Concordas com a ideia de que é melhor estar num relacionamento do que estar solteira?

Concordo com a ideia de estar feliz.

 

E afinal de contas o que vais fazer no Dia d@s Namorad@s? :)

Não faço ideia. Calha a que dia? Domingo, não é? Vou acordar tarde, é a única coisa que sei. O resto, digo-vos no dia seguinte.

 

Fotos: Magda Moutinho

Entrevista de Paulo Monteiro