Ao longo das 52 páginas deste livro vais ganhar o desejo profundo em ler tudo numa noite e não conseguir parar, vais finalmente sentir-te compreendido e até mesmo a vontade de sorrir sozinho.

Cada história é baseada em personagens LGBTQ+, atribuindo a cada conto uma cor da Bandeira do Orgulho, originalmente criada por Gilbert Baker em 1978. Foi atribuída cor-de-rosa (sexualidade) a “Notificações”, vermelho (vida) a “O Álbum Não Oficial do Baile de Finalistas”, laranja (cura) a “Sair de Saia”, amarelo (luz do sol) a “A Revelação”, verde (natureza) a “Aleph, o Curador de Inquietudes”, turquesa (magia/arte) a “Momento Suspenso”, índigo (serenidade) a “Só Um Beijo” e violeta (espírito) a “O Compromisso”.
Qualquer pessoa pode enquadrar-se nas histórias criadas por Pedro Castro. Aquele momento em que ficamos ansiosos, de quando vamos conhecer alguém pela primeira vez e questionamo-nos se a pessoa cumprirá ou não com todas as nossas expectativas ou até mesmo se é verdadeira. Podemos sentir-nos na pele da Carolina, e viajar até ao momento em que não estávamos prontos para sair do armário. Ganharás uma força interior por seres fiel a ti próprio e puderes usar aquilo que te faz sentir tu mesmo, corrompendo os estereótipos da sociedade. Dizem que o amor é cego até certo ponto, felizmente o Duarte conseguiu ver tudo a tempo. Podemos até lembrar-nos daquele momento em que o tempo parou e que tivemos de ser honestos com os nossos pais, em que tememos o pior e fomos surpreendidos pela positiva e finalmente podemos partilhar aquela parte que escondemos durante tanto tempo.
Entre os vários contos há um que carrega um simbolismo especial com a primeira Marcha de Orgulho LGBT em Portugal. É relembrada uma história com momentos que nos marcam, até ao dia de hoje.
Depois de lermos este livro podemos aconselhar-te: Deixa-te levar por esta nova aventura no mar de “Contos Diversos”, um livro que tão cedo não irás esquecer.

Sara Gonçalves