Está na hora de ouvir o Tiago Braga, que quer mais representação LGBT+ na música portuguesa

Tiago explica numa nota enviada ao dezanove.pt que “enquanto artista, quero lutar pela representação LGBT+ na música portuguesa, sobretudo porque em Portugal não existem muitos artistas assumidamente gays”. O videoclipe inspirado no clássico americano de “Bonnie & Clyde” transpõe para vídeo “uma relação tóxica e destrutiva, sobre aquela pessoa que nunca vamos esquecer, que já nos fez sofrer desalmadamente e dizer que nunca mais queríamos uma relação outra vez. Quando este tipo de relações acabam, acho que ambas as pessoas saem sempre a perder. Há sempre uma que perde mais que a outra, da mesma forma que há sempre uma pessoa que ama mais que a outra. Mas no final perdem as duas, porque se destroem uma à outra.” considera o músico. 

 

“Desde que me assumi e lancei o “Ilusão” [há um ano] que prometi a mim mesmo nunca mais voltar a fazer um videoclipe sem representação LGBT+. Histórias heteronormativas em videoclipes são o pão nosso de cada dia. Se tenho a oportunidade de dar visibilidade a uma história LGBT+, ainda por cima sendo eu assumidamente gay, parece-me ridículo não o fazer” continua o jovem nascido em 1994 no Porto.  

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Foi com “Ilusão” que Tiago Braga saiu do armário para o público em geral num videoclipe protagonizado pelo próprio e por Nélson Queirós da Central Models:

“Dois a Perder”, o quarto single do artista portuense, foi escrito pelo próprio Tiago em conjunto com Tyoz, que é responsável por temas como “Faz Gostoso” de Blaya” ou “Nada Mais” de Fernando Daniel. Tiago é também um dos protagonistas do videoclipe agora lançado fazendo par com Nuno Nolasco. 

“Quero fazer a minha parte para que, um dia, um videoclipe com uma história gay não seja rotulado como uma coisa diferente em Portugal.”