No passado Sábado, dia 29, a festa que pretendia servir de mote à divulgação da 2ª Marcha contra a Homofobia e Transfobia em Coimbra terminou em violência. A festa, organizada pela PATH (Plataforma Anti-Transfobia e Homofobia) decorria no bar Noites Longas, perto da Praça da República. Segundo o diário As Beiras, por volta das três horas da manhã o DJ decidiu mudar a selecção musical para música heavy metal. Em jeito de protesto, e após pedido de mudança do tipo de música, que estava a ser anteriormente colocada por uma simpatizante da PATH, os clientes decidiram sentar-se pacificamente no chão e alguns casais começaram a beijar-se.
Em comunicado, a PATH relata que o segurança começou a agarrar as pessoas à força e a expulsá-las sem motivo. Segundo o As Beiras, uma das clientes foi projectada cerca de dez metros e teve de receber tratamento no Instituto de Medicina Legal. Outros clientes pediram o livro de reclamações perante o sucedido. A PSP foi chamada ao local para identificar o porteiro e tomar conta da ocorrência. A PATH informa que irá expor o sucedido às entidades competentes porque defende que “a discriminação não pode ter lugar numa cidade que se quer igualitária, livre e inclusiva”.
A Plataforma é composta por oito entidades e tem marcha marcada para 17 de Maio, dia em que se assinala o Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e Transfobia.
A Plataforma é composta por oito entidades e tem marcha marcada para 17 de Maio, dia em que se assinala o Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e Transfobia.
3 Comentários
Ricardo Duarte
Parece-me um ataque homofóbico. Será que o segurança na festa não tinha consciência nenhuma que estava perante uma festa contre a transfobia e homofobia?
Nuno
Igualdade é também levar nas fuças como os outros. Nesta notícia, não há nada que prove fobia, apenas uma insinuação conveniente. Sentar no chão não é permitido em nenhuma discoteca até porque é perigoso (e com heavy metal, então…) E toda a gente conhece a brutalidade dos seguranças, logo, qual é o espanto? Não seria de esperar a mesma reação fosse com quem fosse? Violência não deixa de ser condenável, todavia.
Anónimo
Creio que o facto de o tipo de música ter sido mudado, não é razão suficiente para um protesto em pleno NL (embora não tenha estado lá para saber os pormenores acerca de como tudo se passou). Se a música mudou, qual é o problema? O NL é um bar mais associado a música pesada por isso é natural que a partir de certa hora o tipo de música mude! (Já lá estive algumas vezes e foi isso que aconteceu, a música torna-se “mais pesada” a partir de certa hora).
Apesar disso, estou chocado com a atitude do segurança perante a situação! Expulsar as pessoas do bar por se estarem a beijar pacificamente?! Acho que ficaria bem um pedido de desculpas por parte da gerência… Estou a estudar em Coimbra: esta cidade tem tão poucas coisas no âmbito LGBT que me entristece que as iniciativas que são levadas a cabo pelas associações terminem desta forma. É, sem dúvida, triste.
Há no entanto a esperança de que a Marcha de dia 17/05 seja um sucesso tal como o ano passado, quem sabe, ainda com mais gente!