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Goucha apresenta queixa contra Estado Português devido a decisão de juíza

O assunto não é novo, mas faz a capa da revista VIP desta semana. Na última cerimónia dos Prémios Arco-Íris Manuel Luís Goucha já tinha falado do processo que o opunha à juíza que recusou dar razão ao apresentador pela queixa de insulto que este interpôs ao programa “5 para a Meia Noite”.

Recorde-se que Manuel Luís Goucha apresentou uma queixa contra o programa há cerca de quatro anos depois de ter sido considerado “a melhor apresentadora do ano” durante uma rábula do programa da RTP.

Goucha revista VIPNa decisão proferida pela juíza refere-se que, entre as razões para não dar razão a Goucha na queixa, estão as cores dos casacos que o apresentador da TVI usa “próprias do universo feminino”.

À revista VIP desta semana, o apresentador explica que, depois de perder a acção em Portugal, decidiu recorreu ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por se sentir ofendido com as razões da magistrada do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

O apresentador das manhãs da TVI afirma que não pode compactuar com a atitude homofóbica da juíza. Segundo Goucha, citado nesta publicação, é ele que se “põe a jeito destas graçolas de mau gosto” e “porque trabalho com o público feminino e sou conhecido por no meu vestuário usar cores do universo feminino. Mas onde está escrito que o amarelo, o rosa ou o roxo são de mulher? O que é isto? Idade Média? […] Até posso perder, mas tenho direito a mostrar a minha indignação perante este tipo de justiça que é preconceituosa.”

Recorda o vídeo onde o apresentador faz menção a este caso:

 

11 Comentários

  • -B

    Quanto a queixa contra o programa nao parece que tenha pernas para andar.. E uma parodia e tal agora a juiza? Totalmente de acordo. Ser gay nao e crime e cada um veste o que quer. La porque o himem tem bom gosto ja podem dizer dele o que querem..

  • Isabel A. Ferreira

    Penso que Goucha tem toda a razão.
    Há coisas com que não se brinca.

    E o modo como cada um se veste ninguém tem nada com isso.

    Podemos gostar ou não gostar, mas isso não nos dá o direito de fazer juízos de valor sobre as pessoas.

    Além disso, os gostos são muito subjectivos.
    E na realidade onde está escrito que esta ou aquela cor é de mulher ou é de homem?

    O preconceito é algo muito feio.

  • -B

    Quanto a queixa contra o programa nao parece que tenha pernas para andar.. E uma parodia e tal agora a juiza? Totalmente de acordo. Ser gay nao e crime e cada um veste o que quer. La porque o himem tem bom gosto ja podem dizer dele o que querem..

  • david

    pah eu sou gay, gosto do goucha e etc… mas acho qe ele apesar de ter alguma razão está a retaliar com artilharia pesada a uma leve palmada no rabo, eu julgo qe ele é um pouco revoltado qdo fazem brincadeiras e piadas sobre homossexuais, eu honestamente julgo qe a melhor forma de lidar com isso é aceitar que somos um género diferente da maioria, quais loiras das quais se fazem piadas

  • Marco

    O 5 pra meia noite é um programa de humor e como tal passam o tempo a gozar com tudo e com todos principalmente figuras públicas.
    Chamar “apresentadora do ano” ao Goucha é uma piada fácil e sem grande requinte mas não é particularmente ofensivo no contexto do programa nem o programa é centrado em gozar sistematicamente com o Goucha ou com os gays.
    Já vi o programa a gozar com padres, com gordos, com ciganos, com mulheres que levam porrada dos maridos, com pessoas feias ou com um defeito físico e a lista de alvos continua e é interminável.
    Se se pode gozar com a religiosidade, os defeitos físicos, a etnia, a violência doméstica também se pode gozar com a preferência sexual.
    Percebo o Goucha e sentir-me-ia ofendido se um comentário desses fosse dirigido a mim, é um ponto vulnerável, sei que sou discriminado pela minha sexualidade e por isso é difícil aceitar como humor piadinhas dirigidas nesse sentido, mas ainda assim processar o programa é na minha opinião exagerado.
    Queira-se ou não o humor é feito à custa de gozar com as diferenças e uma certa liberdade é necessária.

  • Anónimo

    “Se se pode gozar com a religiosidade, os defeitos físicos, a etnia, a violência doméstica também se pode gozar com a preferência sexual.”
    Desde quando é que gozar com alguma dessas coisas é aceitável? (tirando a religião, assumindo que o gozo é com a religião em si e não com crentes, acusando-os de serem terroristas ou forretas simplesmente com base na sua religião)
    Discurso de ódio NUNCA é aceitável. Muito menos num canal de TV pago pelos contribuintes. Ou aí já ninguém se preocupa com o “dinheiro dos contribuintes”? Eu não quero pagar discurso de ódio. Para isso comprem o Correio da Manhã.

  • Marco

    O discurso do ódio é condenável. Um jornal com um discurso que promova o ódio é mau.
    Mas o humor é diferente. Goza-se com tudo e com todos e a não ser que os alvos sejam sempre os mesmos não acho que seja nenhum apelo ao ódio nem à discriminação.
    É uma comparação algo forçada eu sei mas não estou a ver o Marco Horácio a processar alguém por dizer que ele não tem pescoço ou o Bruno Nogueira a sentir-se descriminado se alguém lhe chamar estaca ou girafa.

  • Anónimo

    “Mas o humor é diferente. Goza-se com tudo e com todos e a não ser que os alvos sejam sempre os mesmos não acho que seja nenhum apelo ao ódio nem à discriminação.”
    Você não usa muito o cérebro, pois não?
    PS: Não leve a mal, a minha pergunta foi meramente humorística.