Este Sábado, o GRIT (Grupo de Reflexão e Intervenção sobre Transexualidade) e o projecto “Porto Arco-Íris” ambos da ILGA Portugal, irão debater a morte de Gisberta Salce Júnior numa tertúlia que terá lugar no espaço cultural Cadeira de Van Gogh, Rua do Morgado Mateus, n.º 41 no Porto a partir das 15h30.
“Completámos no passado dia 22 de Fevereiro sete anos desde que Gisberta Salce Júnior, mulher transexual, brasileira, imigrante ilegal, prostituta, sem abrigo, toxicodependente, seropositiva e doente de hepatite, foi encontrada morta num prédio abandonado da cidade do Porto. Gisberta foi vítima de um brutal assassinato levado a cabo por um grupo de adolescentes institucionalizados que a agrediram, torturaram e abusaram durante três dias, para depois a atirar a um poço onde acabou por sucumbir à morte. No entanto o Tribunal de Menores do Porto não reconheceu o crime de que foi vítima como um homicídio nem atribuiu a sua motivação ao ódio e à transfobia”, pode ler-se na convocatória. Apesar de já existir uma lei de identidade de género, podemos já dizer que as pessoas transexuais têm acesso a uma cidadania plena? Até que ponto a discriminação em Portugal é hoje menor em relação às pessoas transexuais – e ainda mais quando estas acumulam e sobrepõem outras situações de vulnerabilidade social? O encontro pretende analisar estas questões.
5 Comentários
Sérgio Vitorino
Se bem me recordo, na altura a ILGA também recusou falar de transfobia, não foi somente o tribunal…
Diogo Vieira da Silva
Sectarismo mesquinho é desnecessário Sérgio.
Sérgio Vitorino
Absolutamente de acordo, mas é na prática política que se verifica de onde ele vem. A esse propósito, questiono-me se a associação CASA já é capaz de trabalhar com qualquer outra associação lgbt no Porto. Já a memória e o facto histórico, esses, não se podem reescrever, mesmo quando são inconvenientes, Diogo.
Diogo Vieira da Silva
Fico feliz por concordares comigo.
Penso que a pergunta que formulas é reveladora de algum desconhecimento.
Mas desde já fica o convite de quando vieres ao Porto, visitares a nossa sede para veres o nosso trabalho se, obviamente, tiveres vontade e modéstia para isso.
Sobre a memória e o facto histórico, fico novamente contente por, uma vez mais, concordares comigo. Só acrescento o ponto de “provas concretas”… essas também não podem ser apagadas. 🙂
Miguel Rodrigues Pereira
Gostei muito do “teres vontade e MODÉSTIA” !!! Terás q ir de burel, amigo Sérgio, com a guita ao pescoço. E não te preocupes, porque lá dentro já estará, sentado no seu cadeirão de sapiência magnânime, o nosso próximo Nobel, Dr. Damas, mai-lo seu amigo/vice-presidente/amante/chauffeur Diogo Vieira da Silva. Entra casto, que sairás, seguramente, menos virgem !
Um abraço do
Miguel Rodrigues Pereira
PS – Um dia, a Casa vem abaixo. Já faltou mais…