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Grito de alerta à Comunidade LGBTQIA+

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Nota-se que o aumento da diversidade, dia para dia, criam-se mais subgrupos e mais divisões.

Nota-se que o aumento da diversidade, dia para dia, criam-se mais subgrupos e mais divisões.

O sentido de Comunidade começa a perder-se quando tantas pessoas LGBTQIA+ revelam pensamentos e tomam atitudes xenófobas, homofóbicas, bifóbicas, transfóbicas e outras fobias que criam e passam para fora uma imagem disruptiva da Família Arco-íris.
Será que vamos a tempo de inverter esta tendência?
Será que é isso que queremos fazer?
Esta desagregação da Comunidade pode dever-se ao aumento de diversidade de géneros, sexualidades e características do ser Humano, muitas vezes incompreendidas.
A necessidade de integrar todas as individualidades, de as nomear, rotular e integrar cria divisões na forma de compreensão e aceitação por muitos da nossa Comunidade.

A incompreensão e falta de conhecimento levam muitas pessoas a menosprezar algumas identidades que dessa forma também não se sentem integradas na Comunidade LGBTQIA+.

Será pelo facto de se estar a entender que há mais individualidades e que muitas não se integram na sigla LGBTQIA+?
De facto há uma fractura na comunidade, as pessoas LGB para um lado e as QIA para outro.
Ah! O sinal + representa todas as outras, mas será que essas outras pessoas se vêem representadas no sinal +?

Nota-se que o aumento da diversidade, dia para dia, criam-se mais subgrupos e mais divisões. O que faz com que consequentemente muitas pessoas se isolem dos seus pares.

Nota-se que o aumento da diversidade, dia para dia, criam-se mais subgrupos e mais divisões. 


A quantidade de direitos adquiridos que alguns tomam por seguros, também os leva a não se empenharem nas lutas ainda por travar, para quem ainda luta pelo direito de ser livre, reconhecide e respeitade.
Confesso que, nem tão pouco vejo estas pessoas preocupadas com a possibilidade dessas mesmas conquistas sofrerem um retrocesso, com se tem vindo a verificar noutros países da Europa.

Vejo divisões do entre os homens gays e lésbicas e que, por sua vez, muitos não aceitam de bom grado os bissexuais, entendendo que se trata de falta de definição pelas mais variadas razões.
Vejo a pouca compreensão e aceitação para outras individualidades como é o caso das pessoas transexuais, pansexuais, assexuais, intersexo, não-binárias e outras.
Vejo também, e por outro lado, um certo afastamento das pessoas transexuais, não-binárias, da comunidade LGBTQIA+, talvez por não sentirem a compreensão que lhes é merecida.

Há já dirigentes de associações de defesa e apoio a pessoas LGBTQIA+ a deixarem de usar a designação de ‘Comunidade’ passando a usar o termo ‘População’, porque, de facto, o que caracteriza uma comunidade como o que é comum, a identidade, a paridade e igualdade estão a desvanecer-se entre os próprios membros.

Eu próprio não me revejo numa Comunidade LGBTQIA+ em que não se respeite e apoie todas as pessoas incondicionalmente.
Será que o futuro passa pela definição População Queer, abrangendo assim de forma abstrata todo e qualquer tipo de identidade?

Enfim, muitas pessoas se esquecem que a união faz a força e que tudo o que foi conquistado até agora foi com união, com muita luta, determinação e uma grande dose de coragem originando vítimas em todos os aspectos.
Levamos mais de 45 anos de luta pós-revolução, 27 da existência da primeira associação LGBTI+ (ILGA) em Portugal para aqui chegarmos, a conquistar todos os direitos e respeito que temos, não queiram que por ‘questionelas’, birras, infantilidades e estupidez deitar tudo a perder acabando com a solidariedade entre as pessoas da Comunidade Arco-Íris.

 

Miguel Rodeia

 

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