Homens vestidos de saia marcharam na semana passada pelas ruas de Istambul em defesa dos direitos das mulheres.
O protesto simbólico surgiu em resposta ao assassínio de Ozgecan Aslan, uma estudante de 20 anos que foi sequestrada e espancada até a morte por um motorista de autocarro, que também terá tentado violá-la. As circunstâncias da sua morte, no dia 11 de Fevereiro, originaram manifestações por toda a Turquia e a utilização maciça da hashtag #OzgecanAslan nas redes sociais.
Os manifestantes escolheram usar saia para contrariar a noção, na Turquia e não só, de que uma peça de roupa pode servir de pretexto para assédio.
“Se as mini-saias são responsáveis por tudo, se [vestir] uma mini-saia significa imoralidade e não ser casta, se a mulher que veste uma mini-saia envia uma mensagem de convite do que acontecerá com ela, então nós [homens] também estamos a enviar uma mensagem!”, disse um dos manifestantes, citado pela BBC.
Nas redes sociais, muitas mulheres turcas já ousaram falar e partilhar as suas experiências de assalto e misoginia, usando a hashtag #sendeanlat. Em Janeiro, foram assassinadas 27 mulheres na Turquia, segundo o New York Times. Quarenta mulheres portuguesas morreram em 2014 devido à violência doméstica.
Pedro Arrayano
Um Comentário
Filipe
É uma sociedade muito disfuncional, e a situação está a piorar devido ao avanço do islamismo político.
Quem conhece por dentro a Turquia sabe que a quantidade de homossexuais e bissexuais é enorme, há até quem diga que a percentagem de homossexuais e bissexuais no Médio Oriente é superior à percentagem no Ocidente, e um artigo recente sobre o Afeganistão falava em mais de 40% dos homens…
Situação idêntica ocorre no Magrebe. Consta que o rei de Marrocos gosta de colos masculinos…