Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

Janaína Dutra homenageada pelo Doodle

Janaína Dutra Google

Janaína Dutra, a primeira pessoa trans a exercer advocacia como membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi homenageada pelo Doodle, do Google. Dutra liderou a luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ no Brasil.

 

Janaína nasceu no dia 30 de Novembro de 1960, em Canindé, Ceará. Aos 14 anos, foi vítima de bullying, mas graças ao apoio da família não esmoreceu. Aos 17 anos, foi morar com a irmã em Fortaleza e foi aí que começou a dedicar-se à defesa dos direitos da comunidade.

Em 1986, formou-se em Direito pela Universidade de Fortaleza. Dutra escolheu Direito pelo preconceito que sofria desde a adolescência. Candidatou-se à Ordem dos Advogados e foi aprovada no exame, tornando-se, assim, a primeira mulher trans a obter a cédula profissional da OAB e a exercer advocacia profissional.

Segundo o Google, "ao longo da década de 1980, Dutra avançou sua carreira desenvolvendo a primeira campanha de prevenção do HIV no Brasil com foco na comunidade transgénero, em colaboração com o Ministério da Saúde".

"Dutra também contribuiu para a fundação do Grupo de Resistência Asa Branca e foi a primeira presidente da Associação de Travestis do Ceará (ATRAC, Associação de Travestis do Ceará) — uma organização sem fins lucrativos de referência com foco no desenvolvimento de apoio social e jurídico para a comunidade LGBTQIA+".

Dutra era conhecida por sempre levar consigo uma cópia da lei anti-homofobia da sua cidade natal. A activista teve um papel fundamental na luta pela sua aprovação. Esta legislação pune a LGBTFobia em estabelecimentos comerciais, industriais, empresas prestadoras de serviços e similares, que discriminarem pessoas em virtude da sua orientação sexual em Fortaleza.

Segundo o Google, "Dutra passou a vida inteira participando de conferências, seminários e mesas redondas para defender a igualdade".

Em 2004, aos 43 anos, Dutra morre devido a um cancro do pulmão. Há uma semana, dia 30 de Novembro, Janaína teria feito 61 anos. O seu legado permanece vivo.

Em 2011, foi fundado, em Fortaleza, o Centro de Referência LGBT Janaína Dutra, órgão municipal que tem como missão proteger a população LGBT em situação de violência, violações e omissões de direitos com base na orientação sexual e/ou identidade de género.

 

Em Portugal ainda não há registo de homenagens a pessoas LGBTI+ por parte do Google. Na tua opinião a quem se deveria prestar homenagem? Deixa a tua resposta nos comentários do dezanove.pt.

 

Rita Oliveira