Jogadores gays não têm motivos para se sentirem inseguros no Qatar: diz organizador do campeonato do Mundo
O presidente do comité organizador do Campeonato do Mundo de Futebol 2022, Nasser Al-Khater, afirmou que demonstrações de carinho serão mal vistas no Qatar. Seja para o público hetero seja para homossexuais.
O dirigente fez saber que os adeptos LGBTQIA+ serão bem-vindos e terão o direito de assistir aos jogos nos estádios. Numa alusão às recentes declarações vindas a público sobre a homossexualidade no Qatar o organizador disse à CNN: "Ele [Joshua Cavallo] seria bem-vindo no Qatar, ninguém se sente ameaçado ou inseguro aqui. Nós somos um país acolhedor, tolerante e hospitaleiro, todos são bem-vindos", comentou o líder árabe.
O mesmo responsável alerta, porém, que este pedido de moderar os afectos em público é devido aos costumes culturais do país. "O Qatar e seus países vizinhos são muito mais conservadores e pedimos aos adeptos que o respeitem. Temos certeza que o farão, assim como respeitamos as diferentes culturas, esperamos que a nossa também seja", completou o dirigente.
Recorde-se que no final de Outubro o jogador de futebol australiano Josh Cavallo relevou ser homossexual e afirmou que teria medo de jogar no campeonato do mundo a realizar no Qatar nos próximos meses de Novembro e Dezembro.
O médio de 21 anos tem vontade de representar a Austrália no próximo campeonato do Mundo: "Li algo que o Qatar aplica a pena de morte às pessoas gay, e isso é algo que me deixa com muito medo e pouca vontade de ir". Na altura o jogador recebeu uma onda de apoio de adeptos de todas as partes do mundo.
Segundo a ILGA World o Qatar é um dos 73 países onde as relações entre pessoas do mesmo sexo são consideradas crime. Neste país do Médio Oriente a pena vai até aos sete anos de prisão. Segundo as organizações de defesa dos direitos humanos não tem havido registo de aplicação destas penas nos últimos anos.