“Kenya”, filme sobre activista trans mexicana, vence a competição oficial e o prémio do público no Queer Porto
O filme da realizadora Gisela Delgadillo é o grande vencedor da 9ª edição do Queer Porto, que decorreu entre os dias 10 e 14 de Outubro no Batalha Centro de Cinema e na Casa Comum da Universidade do Porto.
O filme, destaca o júri do festival, «é um espelho social para a condição de trabalhadoras do sexo mexicanas que têm a rua como lugar de existência, mas também de resistência. “Kenya” aborda com cuidado a vida de mulheres trans. É um filme digno, sensível e pedagógico sendo capaz de nos mobilizar para a transformação». O filme acompanha o percurso da activista trans que dá nome ao filme na senda de justiça pela morte da sua amiga e colega de rua Paola, brutalmente assassinada na cidade do México.
O júri atribuiu ainda uma menção especial ao filme brasileiro “Carvão”, de Carolina Markowicz.
O prémio Casa Comum para a melhor curta-metragem nacional foi para “Entre a Luz e o Nada”, de Joana de Sousa. Como aspecto distintivo, o júri destaca a abordagem pela ficção científica de que o filme se serve como «veículo para a articulação entre o passado e o futuro, entre o global e o local, transformando a narrativa num registo pop queer muito actual, didático e acessível». Já o filme “Dildotectócnica”, de Tomás Paula Marques, recebeu o prémio do público Casa Comum.
A 10ª edição do Queer Porto voltará à cidade invicta em Outubro de 2024.
Pedro Leitão