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Lea T, a primeira supermodelo transexual da Givenchy

Nasceu com o nome de Leandro Cerezo e é filho do ex-jogador brasileiro de futebol Toninho Cerezo. Apesar de algumas críticas e da falta de apoio do pai, Lea T vingou no mundo da moda como modelo feminino. A supermodelo conta inclusive com o apoio das suas colegas brasileiras Gisele Bundchen e Adriana Lima, para se submeter à cirurgia de reassignação de sexo.

Lea T passou para as páginas da imprensa nos últimos tempos por ter sido escolhida para a nova campanha de Outono da marca francesa de roupa e cosméticos Givenchy.

Anteriormente Lea T já tinha trabalhado como modelo masculino e fora assistente de Ricardo Tisci, director creativo da conhecida marca de moda que em declarações à revista de moda “Women Wear Daily” afirmou que Lea é “muito feminina, super frágil e muito aristocrática. Já faz parte da família”. E acrescentou que ela quer continuar a seguir veterinária quando abandonar a carreira na moda. A supermodelo comentou que teve uma “epifania” quando Tisci a encorajou a usar saltos altos em público pela primeira vez.

Na última edição da Vogue francesa, Lea T apareceu nua, escondendo os genitais com a mão. Também a Vanity Fair italiana colocou em destaque a história de Lea abordando os preconceitos de que a modelo brasileira é vítima por ser transgénero.

 

                    

3 Comentários

  • Eduarda Santos

    Em primeiro lugar, como mulher transexual, acho de muito mau gosto terem inserido neste artigo um vídeo em que, invariávelmente tratam Lea T como “filho” ou “o Transexual”. Não sei se sabem, mas pelo menos ficam a saber, que o tratar-se uma pessoa transexual pelo seu nome de baptismo ou género determinado à nascença é considerado ofensivo, não só para Lea T aqui, mas para toda a comunidade transexual. É uma falta de respeito.

    Também hoje em dia, a palavra Transgender, em inglês dos EUA, refere-se tanto a pessoas transexuais como a pessoas transgénero, a ser definido qual o significado pelo enquadramento e contexto. Neste caso sabe-se sem a menor dúvida que se trata de uma pessoa transexual, pelo que tratá-la como transgénero (que inclui travestis, cross-dressers, andróginos, etc,) não será o mais indicado.

  • dezanove

    Olá Eduarda!

    Obrigado pelo teu feedback.

    Nesta notícia pretendemos mostrar que a transexual Lea T triunfou no mundo da moda, chegou ao topo de uma profissão e que trabalha para uma reputada marca.

    Temos, no entanto, também de descrever o contexto da situação e é nesse sentido que mencionamos o seu nome de baptismo e que incluímos um vídeo da TV Record.

  • Eduarda Santos

    OK, mas eu só realçei que podiam perfeitamente descrever o contexto da situação respeitanto a identidade de género da pessoa. Bastava escreverem que era filha (não filho, como está no texto) de fulano de tal, sem haver necessidade de escarrapacharem o nome de baptismo e tratarem-na sempre no feminino. Como disse, há que respeitar as pessoas e isso inclui o respeito pela identidade de género de cada um. E não tenham medo de escrever transexual, em vez de transgénero, pelo menos em casos como este em que existe uma certeza.