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Lula derrota Bolsonaro em eleições presidenciais

Após mais de uma década, Luiz Inácio Lula da Silva torna-se novamente presidente do Brasil.

 

Segundo o sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula venceu com 50,8% dos votos, contra 49,2% de Bolsonaro, levando a liderança do país de volta ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Eleitores brasileiros por todo o mundo foram às urnas pela segunda vez nessas eleições para escolher o candidato que governará pelos próximos quatro anos. Em Portugal, Bolsonaro perdeu novamente com uma grande distância do adversário.

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Foto Segundo turno na Universidade de Lisboa

 

Os últimos momentos dessa disputa acirrada foram marcados com clima de tensão. No nordeste do Brasil, onde Lula detém a maior parte dos votos, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) organizou operações nas estradas que dificultaram o acesso de transportes públicos aos locais de votação. Depois de denúncias nas redes sociais, o TSE pediu esclarecimento à PRF.

A vitória foi bem recebida pela comunidade LGBTQ+. Cantores, escritores e autores comemoraram a entrada de um governo mais inclusivo. A expetativa por uma apresentação de Pabllo Vittar e outros artistas na cerimónia de posse está cada vez maior.

No primeiro pronunciamento nas redes sociais como presidente eleito, Lula da Silva se limitou a uma palavra: “democracia”.

 

 

Do Brasil: Luiz Guilherme Garcia | @luizguilhermeng

2 Comentários

  • Manuel da Rocha

    Com uma diferença das mais pequenas da história moderna, vai ser uma liderança bem complicada. Bolsonaro controla 78% do Senado e 74% do parlamento. Lula só conseguiu 2 estados e perdeu 9. Dos seus 73 deputados federais, só 9 foram eleitos. Bolsonaro ganhou 17 lugares.
    Lula terá uma liderança em que precisará de 26 senadores que são independentes (há 25) e/ou apoiantes, declarados, de Bolsonaro. Na câmara de deputados a coisa é ainda mais complicada, sem bem que o partido do Bolsonaro é como o Chega cá: muita gente maluca que mal lá sentem o traseiro, vão saltar fora do partido, para evitar as punições “divinais” das 6933509 igrejas que apoiam Bolsonaro. Serão negociações muito duras e o presidente pouco pode fazer.
    Se os juros americanos e europeus se aproximarem dos 5%, o Brasil poderá entrar em default financeiro, mesmo com receitas brutais do petróleo, com 70 milhões de pessoas a menos de metade do limiar da pobreza.

  • demolidor89

    Parabéns Brasil. O monstro e malcriado foi derrotado.
    « Emmanuel Macron deve ter gostado especialmente do triunfo de Lula, porque em agosto de 2019 Bolsonaro ridicularizou a aparência física de Brigitte, a sua mulher, com 69 anos, mais 25 do que ele. Biden deve ter sentido uma satisfação especial: em 2020, Bolsonaro demorou 38 dias a felicitá-lo e a reconhecê-lo como o vencedor. Washington viu estes dois anos com desdém e apreensão do Governo de Brasília.»