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márcia lima soares

Uma mesa de jantar, diferentes idades e contextos, ouve-se a frase:

- Quero encontrar um marido, mas tem de ser um que ajude em casa.

A palavra «ajudar» martela-me a cabeça. A jovem que a proferiu não tem mais que 24 anos, mas reflectem-se nela os preconceitos relativos ao papéis associados ao género. 
Alguém responde:
- Sabes que a ideia não é «ajudar», mas dividir as tarefas e responsabilidades. Se não queres ficar com um homem machista, não te cases com um.
A jovem refere que não tem como saber, antecipadamente, se uma pessoa é machista ou não, porém, existem sempre algumas pistas: os artigos e vídeos que partilha, as frases que usa, a postura que tem perante determinados assuntos e não há nada como conversar sobre diversos temas, percebendo a forma de pensar de cada um – a comunicação saudável acaba por evitar inúmeros conflitos.
Existem diversos estudos que indicam que os casais do mesmo sexo dividem melhor as tarefas domésticas, talvez por, na generalidade, não definirem papéis específicos para cada género. Gerem a convivência de acordo com o tempo disponível, com o gosto pessoal e com as aptidões que têm, pois se um membro do casal preferir coser botões, a outra pessoa poderá gostar mais de tratar da roupa e, em conjunto, poderão dedicar-se à bricolage.
Julgo que esta educação poderá partir de casa, contudo, quando esta falha, o debate poderá ter lugar no espaço escolar, convidando alunos e alunas a reflectir sobre o seu papel na sociedade e o espaço que desejam encontrar numa eventual convivência doméstica.
 
Márcia Lima Soares