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Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+ a 14 de Outubro

marcha lgbt viseu

Já é conhecida a 6.ª edição da marcha de Viseu pelos direitos LGBTQIA+. A Plataforma Já Marchavas, colectivo de cidadãos e cidadãs de Viseu em defesa dos direitos humanos, animais e ambientais, anunciou esta sexta-feira que a edição da marcha LGBTQI+ da cidade de Viseu se realizará a 14 de Outubro de 2023.

No seu comunicado podemos ler:

São seis anos a ocupar o espaço público de Viseu, seis anos de luta contra o conservadorismo e a extrema-direita, seis anos de activismo interseccional, seis anos onde nem a pandemia retirou da rua a marcha, seis anos a dar visibilidade e voz às comunidades LGBTQIA+ do interior.

Dezoito anos depois do STOP Homofobia (2005), a cidade conservadora começa a dar os primeiros sinais de mudança, no entanto vivemos num vasto distrito, com diferentes níveis de desigualdade, onde a sociedade civil precisa de acordar para a necessária igualdade e equidade entre todas as pessoas. Ainda muito está por fazer nas escolas, nos municípios, no acesso à habitação, a cuidados de saúde e ao tratamento igual no local de trabalho. Ainda há muito a fazer no combate às ideias fascizantes que populam na boca da extrema-direita populista. 

Dos 49 anos da Revolução de Abril aos 18 anos do STOP Homofobia, a Marcha de Viseu continuará a fazer este caminho de luta através da memória histórica, pois sem ela não há futuro.”

A sexta marcha de Viseu, organizada pela Plataforma Já Marchavas, continua a defender os seus princípios políticos e interseccionais enquanto movimento feminista, LGBTQIA+, ecologista, antifascista, anti-racista, democrática, inclusiva e participativa.

Segundo a Plataforma Já Marchavas o manifesto e o local da edição desta marcha serão divulgados em breve. 

No início do mês do Orgulho a Plataforma Já Marchavas deu a conhecer o mote da marcha deste ano: "“Pela justiça interseccional, contra a opressão estrutural”. Em comunicado enviado às redacções pode ler-se: "Continuamos assistir a um crescendo do conservadorismo e da extrema-direita em Portugal, na Europa e no Mundo, com um programa e narrativas que alimentam a discriminação, o discurso de ódio e que viola os direitos humanos, em múltiplas formas. As pessoas sofrem diferentes formas de opressão e discriminação que se reforçam, como o racismo, o sexismo, o capacitismo, a orientação e características sexuais, entre outras. Esta opressão é estrutural, é imposta por um sistema que ignora, invisibiliza, hierarquiza e mercantiliza as diferenças, criando narrativas que criam estigma e medo. Vivemos ainda num sistema que cria diferentes níveis de desigualdade, em que a sociedade civil precisa de valorizar e respeitar a diversidade entre todas as pessoas. Ainda muito está por fazer nas escolas, nos municípios, no acesso à habitação, a cuidados de saúde e ao tratamento igual no local de trabalho. Ainda há muito a fazer no combate às ideias fascizantes que se criam na boca da extrema-direita populista. Lutamos por isso contra as várias formas de opressão e de exploração. 

Marchamos pela necessidade de uma justiça interseccional, que seja inclusiva e que reconheça e lute contra as múltiplas formas de violência e opressão que as pessoas LGBTQIA+ enfrentam, pelas suas identidades e expressões de género e características sexuais.
A luta contra esta opressão estrutural deve ser feita de variadas formas, sendo uma delas as ações de rua da luta cidadã, com marchas politizadas. E a marcha de Viseu é uma marcha política.
A força transformadora das marchas tem vindo a ocupar as ruas em Portugal, desde 2000, agora em 27 cidades, que lutam com consciência e resistência pela liberdade e igualdade.
Dia 14 de Outubro, em Viseu, celebramos as conquistas legais na sociedade portuguesa para com pessoas LGBTQIA+, (re)afirmamos a nossa existência e exigimos respeito pelas nossas vidas, que continuam a ser postas em causa todos os dias."

 

Daniel Santos Morais

 

Artigo actualizado com o comunicado a 01 de Junho.