Masturbação: A arte do autoconhecimento
Masturbação - ainda tabu ou apenas um acto obrigatório para a felicidade e para o exponente do nosso prazer? Maio, e mais especificamente o dia 28, é a data de celebração para entusiastas de amor a solo.
Esta data tem origem na figura de Joycelyn Elders, que foi demitida do governo americano em 1994, quando sugeriu que a masturbação fizesse parte da educação sexual nas escolas.
Passou a celebrar-se, primeiro por brincadeira, mas hoje em dia muito mais a sério. Marcas e figuras de todo o mundo começaram a assinalar este mês como referência para a educação sexual - e a Satisfyer, uma marca alemã de bem-estar sexual, publicou um artigo interessante que desmistifica alguns mitos da masturbação, ainda presentes para muitas pessoas, como o exemplo de ser uma prática errada quando nos encontramos numa relação. Também vemos abordado neste artigo o mito de que a masturbação diminui a sensibilidade ou de que à noite perturba o sono.
Em terras portuguesas, 41% das pessoas aumentaram esta prática nos últimos anos e, em todo o mundo, a pesquisa pelo termo “sexual wellness” na Internet aumentou em cerca de 850%.
Vale a pena referir que, actualmente, a saúde e educação sexual são temas que podemos encontrar em grande quantidade nas redes sociais e nos média e são cada vez mais inclusivos - como podemos verificar pela linha de brinquedos que a Satisfyer criou para pessoas de género neutro e/ou género não-binário ou também a discussões sobre o acesso à saúde sexual e planeamento familiar por parte de pessoas trans, um ponto que ainda necessita de bastante atenção.
Opiniões à parte, a verdade é que existem vários factos científicos que provam os benefícios de explorarmos o nosso corpo: a masturbação aumenta a circulação sanguínea, a tonificação dos músculos do pavimento pélvico e uma ejaculação masculina mais frequente pode reduzir até 31% o risco de cancro da próstata.
Boas comemorações!
Maria Raposo