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“Mayhem”, de Lady Gaga

mayhem

E, como prometido e depois dos dois vídeos para “Disease” e para “Abracadabra” e uns quantos leaks de teasers, saiu o novo disco de Lady Gaga, “MAYHEM”.

 

 

O álbum abre com o single “Disease” (grato por a música não ter sido apenas um especial de Halloween e fazer parte do disco) e a faixa Eurodance “Abracadabra”, encerrando com o sucesso estrondoso de “Die With a Smile”, a colaboração com Bruno Mars. Ou seja, este disco era flanqueado por músicas conhecidas e fortes - cuja dúvida era se entrariam no disco ou não. A dúvida estava, portanto, no «miolo».

 

A uma primeira escuta, há logo duas coisas que se destacam: 1) a técnica vocal de Gaga está claramente a amadurecer cada vez mais; 2) este disco é mais variado, com uma abordagem de citação/reapropriação de sons clássicos da Pop/Rock, mas com o twist a la Gaga, como já se esperava.

 

“Garden of Eden” e “Perfect Celebrity” lembram justamente as faixas de Pop/Rock dos anos 90. Em músicas como “LoveDrug” e “How Bad Do U Want Me” vamos ainda mais atrás, ao chamado Rock FM/Rock 80s, bastante presente, no disco, aliás - até mesmo em baladas como “The Beast” ou a introspectiva power ballad “Blade Of Grass” - principalmente devido aos som de sintetizador (mesmo nos baixos) e do kit da caixa de ritmos/bateria electrónica escolhidos - mas também pelo tipo de vocalizações, mais emotivas, «puxadas», «lá para cima». 

 

Baladas não é o que falta, neste “MAYHEM”, em especial na segunda metade, incluindo a já referida música com Bruno Mars. Há até aquelas baladas mais mexidas (sem serem exactamente power ballads), tipo “Don’t Call Tonight” (se se lembrarem de “Alejandro”, não é por acaso). Mas emparelhada com uma “Million Reasons”, esta “Blade Of Grass” vai pôr muita gente a chorar nos concertos, de isqueirinho no ar - podem apostar.

 

Mas o disco ainda tem sons mais mexidos: para lá da “Disease” (que tem ali um cheirinho a Nine Inch Nails), há a Disco/Funk (na linha Bruno Mars) “Zombieboy (homenagem ao falecido Ricky Genest?), que já tinha sido apresentada no meio do videoclip da já mencionada “Disease” - e que me parece forte. Há também aquele sonzinho que não fica mal nem em certas bandas que jogam à macaca entre o Pop e o Indie, em “Vanish Into You” (alguém disse que isto vai ser um próximo single?) e têm ainda um bop porreiro, em “Shadow Of A Man”. No geral, é Gaga? É. Traz novas direcções para ela? Sim. Acho que o disco vai vender bem, porque tem um pouco de tudo, para toda a gente.

 

Pessoalmente - além da “Disease”, que entrou directamente para a minha playlist - e da já referida Zombieboy”, “Perfect Celebrity” (outro possível futuro single), assim como “Killah” (aquela guitarrinha, não vos lembra o riff da “Kiss” do Prince?) são das melhores faixas deste disco. “Blade Of Grass”, apesar de ser uma balada (das quais não sou exactamente um fã, normalmente), como disse, é uma música bastante forte. Agora, é ver os Little Monsters a pegarem nestas músicas e fazerem-nas deles.

 

João Barbosa