Aquele que devia ser o principal momento do activismo nacional voltou a ter uma reduzida cobertura mediática. A Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa foi acompanhada por um pequeno número de jornalistas e fotógrafos.
A questão dos direitos da comunidade transexual e intersexo, grupo que encabeçou a Marcha, continuou à margem dos media generalistas e foi até alvo de preconceitos. Logo a abrir a reportagem da SIC a jornalista dirigiu-se a Alice, activista dos colectivos Lóbula e Panteras Rosa, e perguntou: “Posso saber porque veio assim vestido?” Alice teve de corrigir para que fosse tratada no feminino.
Mais de uma dezena de pessoas transgénero e intersexo lideraram marcha. Entre elas estava Sasha (foto principal), um francês que vive há menos de um ano em Lisboa, e que desfilou em tronco nu e com a mensagem “Não binário”. “A minha mensagem é bem explícita. Escrevi no corpo ‘Não binário’. Não nasci no corpo errado, nasci na sociedade errada. As pessoas têm de perceber que o meu corpo não tem nada a ver com o meu género”, disse Sasha ao dezanove. “Sou trans, mas muitas vezes a identidade trans está ligada a cirurgias e a hormonas. A minha identidade é válida, assim como eu sou”, justificou para desmistificar a ideia de que género e corpo têm de corresponder.
No início da manifestação podiam ler-se cartazes com mensagens como “1700 pessoas trans assassinadas no mundo”, “Anti-transfóbico”, “Aqui está a resistência trans”, “O binarismo mata” ou “Eu sou transensual”, num grupo onde pontificavam vários activistas que tinham semanas antes participado na audiência promovida pelo Bloco de Esquerda, na Assembleia da República.
A questão trans constava também do manifesto da Marcha: “Não aceitamos o silenciamento da autonomia das pessoas trans. Temos que garantir a despatologização das identidades trans para garantirmos o direito de todas as pessoas a viverem livremente a sua identidade. Temos de incluir a identidade e a expressão de género no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa”, destacava o texto que depois foi lido no Terreiro do Paço.
33 Comentários
:P
De facto, não vi notícia. Só quando é em S.Paulo!
Alberto
No comment–to comment!
https://www.youtube.com/watch?v=QNnJY32H s5o#t=161
https://youtu.be/QNnJY32Hs5o
http://noticias.universogay.com/una-pare ja-de-videobloggers–anima-a-que-cientos-d e-personas-salgan-del-armario-en-lisboa_ _23062015.html
festa do avante dos paneleiros???
“Aquele que devia ser o principal momento do activismo nacional voltou a ter uma reduzida cobertura mediática. A Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa foi acompanhada por um pequeno número de jornalistas e fotógrafos.”
– e havia de ser com uma ‘senhora’ a fazer topless e com as palhaçadas que se vêm nas fotos, que iam ter cobertura
Aprendam que se querem cobertura mediática em Portugal e o respeito dos Portugueses, estas palhaçadas têm que acabar.
Graças a estas marchas e aos cromos e cromas que nelas abundam, cada vez estamos mais mal vistos/as e incompreendidos/as.
Num restaurante onde jantava no sábado e passava a marcha no Jornal da Noite, ouvi o empregado dizer que é a festa do avante dos paneleiros, o que arrancou uma gargalhada geral no estabelecimento. Boa marchas pride!
Mars
Eu prefiro ter os cromos e as cromas que abundam nas marchas a “representarem-me” que bichas cobardes e mal resolvidas.
iop34
Sou transexual e tenho vergonha da palhaçada completa que isto foi. Os homens transexuais não têm nada que ver com uma francesa de cabelo curto que faz topless em público, que nem sequer cá vive, e que não representa ninguém. E as mulheres transexuais não são homens peludos que se vestem de drag queen. Esse manifesto deve ter sido escrito por atrasados mentais completos, querem acabar com a possibilidade de se fazer transições??? Faz falta cirurgias no SNS, que Coimbra não dá resposta. Faz falta educação. Faz falta distinguir das orientações sexuais e travestismo, ou dos transsensuais (!!!!), o que raio que isso seja. Façam activismo a sério, ou não façam nada, fiquem em casa e marquem consulta com o psiquiatra para controlar o narciso interior…
O desiludido
Tenho 19 anos e fui pela primeira vez à marcha e levei a minha irmã que é a única pessoa para quem “saí do armario”.
Além de eu próprio ter ficado desiludido com o que vi, a minha irmã (mais velha 20 anos…) também não gostou do que viu e não me revê no tipo de pessoas e nas figuras tristes que muit@s fizeram.
Se o objectivo do pride é dar a conhecer à sociedade que somos GENTE e iguais a todos os outros mas gostamos de pessoas do mesmo sexo e muitos são trans (que é ainda mais dificil…), a marcha mete o pé na poça e só serve para sermos ainda mais discriminados.
Acho que a maioria dos gays não quer ser mulher nem se veste como tal e nem passa a vida nos bares de travestis.
Somos pessoas normais, vamos a bares e discotecas normais, convivemos com amigos hetero, não queremos ser mulher nem usamos roupas de mulher e nem passamos a vida nos sites e apps de engate à procura de sexo.
Anónimo
Não é uma senhora, é uma pessoa não binária. Respeite a identidade de género das pessoas. E se fosse uma senhora, qual seria o mal de estar em topless? Só os homens cis é que podem mostrar o peito?
Anónimo
Vou estar a rir até à marcha do orgulho de 2016 com isto:
“Não é uma senhora, é uma pessoa não binária”
Trato toda à gente pelo sexo com que se identifica, mas fico na dúvida de como deveria tratar esta SENHORA.
Se me estiver a referir à senhora numa conversa, o que é que faço ao “ela”? Na frase “ela foi à marcha” digo “a pessoa não binária foi à marcha”? Se for empregado num café, como lhe pergunto o que quer? “a pessoa não binária vai desejar o quê?”
Anónimo
Goze com os direitos das pessoas trans que isso tem realmente muita graça… E caso não saiba, a língua portuguesa tem pronomes neutros, como “tu” e “você”. E você (já que não sei nem quero saber qual é o seu género) não tem nada a ver com os géneros das outras pessoas a não ser que elas lhe queiram transmitir essa informação (como foi o caso da pessoa que você tanto critica mas que, ao contrário de si, não tem problemas em expressar-se e não tem problemas com o facto de as outras pessoas se expressarem). Se não sabe o género de alguém, a resposta é simples: isso não é da sua conta.
Anónimo
Olha que lindo, uma pessoa que diz ser trans a acusar as mulheres trans de serem “homens peludos vestidos de mulher” (suponho que também ache que todas as mulheres deveriam ser obrigadas a depilar-se) e a acusar os homens trans de serem “mulheres com as mamas à mostra” (como se houvesse algo de errado em uma mulher mostrar as mamas)… Para além de ser uma pessoa transfóbica, você é também uma pessoa misógina.
Junos
Sugestão: use a palavra “pessoa”, ou “ser humano”, ou se se estiver a sentir mais vermelhx, “camarada”. Melhor ainda, pergunte à pessoa que pronomes prefere e, se não souber, utilize uma linguagem neutra.
Como, por exemplo, fiz eu agora. Não é assim tão dificil…
Junos
Definam-me, por favor, o que é ser “normal”! Qual o propósito de andar a policiar a forma das pessoas serem e se vestirem? É reduzir a diversidade? É sermos todos iguais aos outros?!
“Acho que a maioria dos gays não quer ser mulher nem se veste como tal e nem passa a vida nos bares de travestis.” – 1. Talvez queiras dizer “é mulher”; 2. o que é vestir como mulher? Roupa tem género? 3. Se fizéssemos e fossemos isso merecíamos igualmente direitos e respeito igual a todas as outras pessoas. Com este ódio interior estão a fazer o trabalho dos *fóbicos por eles.
Qual o problema do que vocês chamam “palhaçada completa”, o que eu chamo “diversidade” e “liberdade de ser e vestir quem se é”? Percam dois segundos a observar o mar de pessoas fabulosas e diversas que compõem a marcha! O que há a recear em mais e melhor liberdade? De que têm medo? Que fantasmas vos proíbem de perceber que diferente não é sinónimo de mau, que normal é apenas uma variável estatística e que mais expressões e diferentes formas de organizar os afectos apenas nos proporcionam mais caminhos para chegarmos à felicidade?
Se os *fóbicos têm problema connosco (com TODXS nós) é exactamente isso que têm. Um problema. Um problema deles que eles têm que resolver nos espaços deles e nas mentes pequenas deles! Nós podemos ajuda-LOS a mudar, nós nunca devemos mudar a nós próprios para o coitadinho do homem branco cis hetero se sentir melhor no seu mar de privilégio.
TRANSFORMISMO EM PORTUGAL
Nem vale a pena argumentar porque as posições já estão extremadas qb.
Acho que esta reportagem fotográfica diz muito acerca do que me parece estar a ser criticado em alguns comentários:
http://gayalgarve.tumblr.com/post/111283 021855/transformismo-em-portugal (http://gayalgarve.tumblr.com/post/111283021855/transformismo-em-portugal)
(atenção ao aviso no inicio do artigo)
iop34
LOL. Sim, sou um ftm. E tu? Uma mulher lésbica francesa exibicionista transfóbica e androfóbica a fazer de conta que é um homem transexual? A falar daquilo que NÃO lhe diz respeito, e tentar calar as pessoas a quem DIZ respeito??
Já agora, boa tentativa, faz de conta que não entendeste. Podes mostrar as mamas a quem quiseres, ser peluda, não estou minimamente interessado.
Sacha
Olá, sou a pessoa não-binária da foto, mas não sou tão chato como pareces pensar. Ao empregado de mesa, agradeço dizer simplesmente “a pessoa”, ou mesmo “jovem” 😀
See, não é tão difícil ^^
Anónimo
Cada vez se enterram mais.
Então é uma “pessoa não binária” e refere-se a si mesma no masculino. Em vez de escrever “mas não sou tão chato” devia escrever “mas não sou uma pessoa binária tão chata”.
Tou mesmo a ver um empregado a dirigir-se a si e a perguntar “a pessoa quer o bife bem ou mal passado?”.
Tenham juízo!!!
Esta coisa dos não binários e da normatividade e o diabo-a-sete é ridícula.
Ou são homo, ou são BI ou têm transtorno de identidade de género, ponto!
Érica Almeida Postiço
Como é que o dezanove, que se diz ser um portal também trans, permite comentários com este nível de preconceito? Não é por alguém ser trans que não pode reproduzir um discurso transfóbico. Por favor, trata-se de um post onde identificam um activista trans, não permitam que este site seja um espaço onde é aceitável reproduzir ofensas como as indicadas acima.
Eduarda Alice Santos
Bem, este deve ser o site noticioso preferido da comunidade transfóbica LGBT nacional, temos de tudo, até (infelizmente) transfobia trans. Lamentavelmente os avanços conseguidos muito graças às “palhaçadas” e aos “cromos e cromas” que desfilam pela diversidade (e diversidade não é todos muito arrumadinhos nos seus lugarzinhos nas prateleiras para agradarem aos Paulos Portas e isildas Pegados existentes na comunidade LGBT) também vão beneficiar quem não merece. A saber: a marcha não é uma marcha gay, é uma marcha LGBTetc, logo os “cromos e cromas” têm o seu lugar, até os ipo34s, infortunadamente. Enfim, os cães ladram mas a caravana passa.
Anónimo
Tens discurso de psicologo de sexologia clinica.
Zé das medalhas
Estou completamente baralhado e até tive que recorrer ao Google em um ou outro termo, mas confesso que saio daqui a saber uns floreados jeitosos para usar nas conversas com o vizinho do 3º esquerdo, que é paraquedista muito macho e homofóbico mas volta não volta vejo senhores a entrar lá em casa às 3 da manhã:
– pessoa não binária
– homem cis
– transsensuais
e as fobias do costume, mais uma nova: homofóbico, transfóbico, androfóbico e transfobia trans (nova!)
A reter:
– temos uma pessoa não binária que se refere a si mesma no masculino e é mulher
– alguém diz, com indignação, que a roupa não tem género e a este alguém pergunto para que carga de água serve um soutien a um homem ou uma cueca feminina serve para aconchegar a ferramenta masculina (a não ser que ache confortável andar com os tin-tins de fora e metade do zézinho ao relento).
Alguém diz lá mais para cima que “Ou são homo, ou são BI ou têm transtorno de identidade de género, ponto!” e além de concordar ainda acrescento que se não encaixarem nestes 3 ainda resta a assexualidade.
Haverá algum termo para lésbicas que não cortam as unhas dos pés e só gostam de mulheres com pelos no nariz?
Junos
A pessoa não binária refere-se no que bem lhe apetece! Repetimos, não sabe qual o género da pessoa? Não assuma, pergunte ou use linguagem neutra.
Eu por acaso estou a ver o empregado a dizer simplesmente “quer o bife bem ou mal passado?”. Mas continuo a preferir “O camarada prefere bem ou mal passado?”.
E que é que homo e bi vieram aqui fazer? Que é que a orientação sexual tem que ver com a identidade de género?
(volte a reparar como escrevo sem assumir nada sobre o seu género. não é difícil, não soa forçado e somos todos mais felizes assim)
Rainha das Bichas do Chiado
Pois é querido, eu ainda sou do tempo em que não havia estas confusões, era tudo macho e ponto. Nós casávamos com gajas que não gostavam de sexo ou eram lésbicas, e víamos a telenovela das 9 na RTP: era um regalo fingir que estávamos ali pela Sónia Braga quando na realidade queríamos era ver o António Fagundes sem camisola a mostrar o tronco moreno e o peito cheio de pêlos. Estava tudo bem, tínhamos a nossa gaja e um casal de filhos, éramos machos perante a sociedade, e ao fim-de-semana íamos com dois ou três bons amigos da tropa à 19 praticar desporto.
Sabe querido. não havia cá isto dos casamentos gays, nem estas gavetas do gay, bi e afins, e melhor ainda, não havia cá homens anorécticos por andarem a comer tofu, ou homens depilados, com pernas que já parecem de gaja, sou do tempo em que as mulheres e as bichas viam a bola para verem as pernas peludas dos jogadores.
Só conheci um termo que hoje caiu em desuso, e compreende-se, pois cada vez mais parece raça extinta. Falo dos arrebentas. Pelo que veja estão a desaparecer como sucedeu ao lince-ibérico, e no futuro se quisermos ter a raça de volta teremos de importar uns turcos ou magrebinos para fazerem o serviço público e consolarem os templos de Sodoma deste nosso belo e antigo país. Não se compreende por isso que ainda haja quem recuse aquelas pobres almas que atravessam o Mare Nostrum dos nossos pais romanos.
Beijinho bom, a sempre vossa Rainha das Bichas do Chiado
JP
Há aqui algo completamente errado!!! Primeiro, não faz qualquer sentido partirmos da excepção para definir a regra, ou seja, como não sabemos qual o género mental das pessoas, passaríamos a tratar toda à gente sem usar pronomes e artigos. Isso da “não binariadade” é uma fantochada, sobretudo quando a pessoa que se diz não binária se assume no masculino e pretende ser tratada de forma neutra. Por outro lado e juridicamente, o género da pessoa é o efectivo e se com as pessoas trans é fácil entender qual o tratamento correcto, que se usa por respeito e até cortesia, mesmo que pareçam uma matrafona do carnaval de Torres, no seu caso, que julgo ser a mulher que aparece em trono nu na foto, não é. Se fosse o tal empregado de mesa, não hesitaria em trata-la pelo género óbvio.
Já agora, o que diz ser linguagem neutra, não é. É falta de educação.
Silvia
Érica, creio que o teu comentário a isto tudo, foi o que me fez mais sentido. Ainda que a orientação sexual das pessoas que comentem, seja representativa dos leitores da dezanove, os comentários devem ser moderados. Existe um esforço para a diminuição de preconceitos na sociedade, e se dentro das ditas minorias, existem ainda outras minorias, é um pouco surreal que essas sejam alvo de críticas por parte da “grande” minoria que se encontra a promover e a participar em acções que visam diminuir o preconceito e a promoção da aceitação social. Estes comentários pouco ou nada diferem dos de restantes membros da sociedade que se chocam e ficam indignados de ver mulheres a beijarem-se na marcha, ou homens de mãos dadas. A base, é a mesma: a não aceitação da diferença. Existe algum critério de selecção para se participar na marcha? Acredito que se alguém decide participar na marcha, é porque de algum modo, se identifica com os objectivos da mesma. O que me parece que foi o que aconteceu. Apenas. Achar que é essa participação que pode colocar em causa a visibilidade de outros grupos, ou diminuir a mensagem que se está a tentar passar, é porque nem os grupos activistas lgbt nem cada um de nós, no seu micro clima, anda a fazer um bom trabalho. A marcha é apenas um dia, restam todos os dias do ano. E por muita visibilidade que tenha pelos orgãos de comunicação social naquele dia, é só mesmo naquele dia.
Anónimo
Dezanove, vocês são uma vergonha por divulgarem fotos de pessoas da marcha e depois permitirem que sejam gozadas e vexadas dentro do vosso portal com transfobia e homofobia. Pior é isto tudo quando na secção de comentários dizem que não é um espaço aberto ao insulto e ao ódio. Ganhem vergonha
Alex
Érica Almeida Postiço: está a meter a pata na poça!
Está a ser não-bináriofóbica porque a pessoa da foto diz não ser trans e quer ser tratadX de forma neutra.
Nota: como vê, é muito fácil cair no preconceito e no discurso fóbico, que foi onde acabou de cair com o seu comentário.
Será que é muito difícil entender que quem comenta pode estar MUITO LONGE de querer expressar qualquer fobia e pretende apenas manifestar a sua opinião?
Cair no fundamentalismo, sim no FUNDAMENTALISMO LGBT, é tão ruim como as fobias.
Anónimo
JP, mas é assim tão difícil usar linguagem neutra? Custa-lhe muito? Usar pronomes binários com gente que não conhece pode correr mal para sim, é você que pode não ter razão. É assim tão difícil ter razão? Será este o meu terceiro comentário que comprova a facilidade desta linguagem neutra?
Por acaso considero a “binariadade” a maior fantochada! Pensar que toda a expressão e identificação, que todas as performances de género que podemos dar se limitam a “homem” e “mulher” é absolutamente ridículo!
Gosto também como diz que usar linguagem neutra é falta de respeito, mas depois chama “género mental” ao género e, contradizendo-se, afirma que há um “género óbvio”. Se é mental como é óbvio externamente?
Falta de respeito é chamar a uma pessoa de tronco nu (porque os homens nunca andam de tronco nu) uma “matrafona no carnaval de Torres”. Mas de transfóbicos não se pode esperar consistência.
JP
Nem à 2ª vez consegui encontrar coerência no seu escrito, pelo que, o exercício de lhe tentar encontrar alguma ponta para lhe pegar, seria um esforço inútil.
Acrescento é que nem sou transfóbico nem chamei matrafona à mulher de tronco nu.
Junos
Dizer que “Isso da “não binariadade” é uma fantochada” é um comentário transfóbico. Dizer que usa os pronomes certos (que é mentira, chama à pessoa que tem escrito “não binário” no peito “mulher”) “por respeito e até cortesia, mesmo que pareçam uma matrafona do carnaval de Torres” é “tolerância” bacoca, como se dissesse “não gosto, mas pronto, como sou boa pessoa aguento”, e é, claramente, transfóbico. Dizer que há tal coisa como “género óbvio”, como se fosse algo visível, exterior, algo que consegue descobrir apenas olhando para alguém é transfóbico.
Não é você que decide se é ou não.
(woo! 4º comentário a usar linguagem neutra! Até parece que custa alguma coisa!)
Eu
Acho que as posições se extremaram, e isto falo dos dois lados da barricada! Na minha modesta opinião, vai a marcha quem quiser, da maneira que quiser, com ou sem camisola! Isso é mais que óbvio! Se não filmassem a pessoa não binária provavelmente filmariam a drag queen ou a rapariga de cabelo rapado, não sei… Relativamente à questão trans acho que há aqui um conceito que convém ter em mente, há pessoas que querem ser aceites e que estão dispostas a ir a marcha e mostrar se como pessoas que poderiam ser vizinhos ou familiares de quem está a ver na TV. Posto isto, compreendo que possa haver alguma frustração em que essa faceta nunca passe na comunicação social, deveriam aparecer as variadissimas pessoas que vão a marcha.
Acho que e quase inevitável referirmo nos a uma pessoa como Ele ou Ela, apesar de haver pessoas não binárias acho que a estratégia não deve partir daí, a sociedade nunca será tão abstrata ao ponto de ignorar o género… É estarmos sempre a dizer a pessoa, camarada, não sei que torna as coisas muito artificiais, perguntar talvez seja a melhor solução é nestes casos ficar ofendido por chamar se ele ou ela também não será muito produtivo.
João Delgado
O que exitem aqui no Desanove é uma comunidade que gosta de julgar as outras pessoas e tentar impor a o seu estilo e a sua foram de ver a vida a outras pessoas.
O que para uma pessoa pode ser uma figura triste, para outra pessoa pode ser uma coisa perfeitamente natural, e é muito bom que essa pessoas possam vir a rua manifestar-se, é um sinal de liberdadede, e de diversidade. Alias na minha opinião é extramente positivo ver na marcha pessoas com as quais eu não me identifico, e quanto mais houverem melhor, por isso é mais uma prova de que existe liberdade para as pessoas exprimirem-se como são, sem serrem agredidas, ofencidadas, ect, é isso que trata da marcha lgbi, é isso que representa a bandeira do arcoiris. Na marcha não é suposto uma pessoa identificar-se com toda a gente, mais sim encontares pessoas com que se identifique e quanto maior divercidade houver maior a probabilidade de isso acontecer, o mais importante é as pessoas terem liberdade de se exprimirem como são, de serem assumidas.
Exite aqui um GRANDE erro de a comunicação social não mostrar correctamente a enorme diversidade que exite na marcha, muito mesmo expilcar a rasão da origem e objetivo da mesma, mas aqui que deve ser criticado é o orgãos de comunicação social, e não a marcha em si nem as pessoas que a compõem, e a solução passa por educar essa mesma comunicação social e não criticar/julgar as pessoas e/ou a sua forma de estar na marcha
Junos
Para você reter:
Temos uma pessoa não binária que se refere a si mesma no masculino e é, não uma mulher, mas uma pessoa não binária. Está literalmente escrito no peito. Género é diferente de pronomes.
A resposta da pergunta “para que carga de água serve um soutien a um homem ou uma cueca feminina serve para aconchegar a ferramenta masculina” eu respondo – sexo e genitais são diferentes de género. Um homem pode ter vagina, uma mulher pode ter pénis. Aposto também que já viu homens com seios maiores que muitas mulheres. E, como disse, a pessoa pode achar “confortável andar com os tin-tins de fora e metade do zézinho ao relento”. Nada que ver com género.
Finalmente, há mais do que 3 orientações sexuais e o género não tem nada que ver com isso. Há homossexual, há bisexual, há asexuais, há pansexuais, há demisexuais…
Há homens homossexuais, mulheres homossexuais, agenerxs homossexuais, demigenerxs homossexuais, há pessoas não binárias homossexuais.
Género =/= Orientação Sexual.
Já se considera informadx?
nao
Érica Almeida, o objectivo da rapariga era ter protagonismo e destacar-se. Como fazer isso através do trabalho dá… trabalho… enveredou pela nudez. Só que, se se quer destacar, tornar-se visível, falar em nome dos outros, tem de estar preparada para a reacção deles. You can’t have your cake and eat it too. Não chorem muito que ninguém (mentalmente equilibrado) vos vai ouvir, e ainda ficam é desidratadas…