Até a novela de época “Gabriela” (SIC) tem um casal gay. O caso não existe no livro homónimo que serve de base à história, da autoria de Jorge Amado. Quem segue a novela já sabe que o Bataclã foi invadido por um mistério. Quem é o homem que sustenta Miss Pirangi?
As desconfianças avultaram-se quando Pirangi pagou a dívida de Lindinalva à proprietária da casa de meninas, Maria Machadão. Dorotéia vai descobrir que o filho, coronel Amâncio, tem uma relação com Pirangi. Tudo começa quando o coronel Coriolano vai à casa de Dorotéia e diz que ela já foi quenga. Segundo ele, o nome dela era Dodô Tanajura e, quando nova, dançava nua para os clientes. No meio da confusão, Pirangi chega e invade a casa de Dorotéia, para pedir que ela apoie o casamento de Zarolha e Manoel. Enquanto Berto discute com Pirangi, o assistente começa a gritar que, se sair dali, vai contar para toda a gente quem é o seu amante. Desesperado, o coronel pede para ele se calar. Pirangi confirma: “Amâncio! Amâncio! Amâncio!”
Gildeci Leite, professor da Universidade do Estado da Bahia e especialista na literatura de Jorge Amado, questionado sobre a existência da relação homossexual, considera que não fere a obra original. “Jorge Amado escreveu sobre relações homossexuais em outro livro, ‘Suor’. Acho que isso não é muito comum na sua obra, pois não era uma questão forte na época”, explicou em declarações à imprensa brasileira.
2 Comentários
Anónimo
Até que ponto se pode considerar Miss Pirangi um homem, para falar de relação homossexual? Pelo menos para quem não vê a telenovela, é necessária uma descrição mais precisa dos personagens e das suas identidades (de género). Se há algo louvável, em termos LGBT, nesta novela, será a visibilidade de uma relação gay, ou da presença de uma personagem trans? Acho que este assunto merecia mais aprofundamento, para ser publicável pelo dezanove! Cumprimentos.
pedro (Brasil)
gente gostei da discursão no enredo da novela em prol da visibilidade e cidadania lgbt ,pois a comunidade lgbt ocupa todas as classes sociais, estamos em todas as profissões,querendo ou não os homofobicos.gostei do dezenove e sua matéria em prol da visibilidade lgbt. valeu