O Évora Pride fez-se ouvir pelo segundo ano consecutivo
No passado sábado, dia 8 de Junho, Évora brilhou ao som das vozes de esperança e reivindicação por direitos iguais que se fizeram ouvir do Giraldo ao Jardim Público.
A semana que deu cor e mais amor a Évora teve início a 3 de Junho, com o hastear da bandeira no Palácio Dom Manuel, seguindo-se até dia 9 de Junho com diversas actividades como exposições, performances, concertos, cinema, debates, oficina de cartazes e festa, muita festa. Eventos que tiveram lugar na Sociedade Harmonia Eborense, uma das associações parceiras do Évora Pride (comissão organizadora) fundada em 2023 para a representação dos direitos LGBTQIA+ na região de Évora, que contou ainda com a ajuda do Núcleo Feminista de Évora, o Colectivo Évora Queer e a Câmara Municipal de Évora.
O ponto alto de uma semana a representar a diversidade, aconteceu no dia 8 de Junho, com a marcha, num dia que começou com o sorriso das crianças no Pride das Famílias que teve lugar no Jardim de Diana. Para a tarde estava marcada a 2.ª Marcha de Orgulho da cidade de Évora.
Foi à porta da Sociedade Harmonia Eborense que se juntaram centenas de pessoas que não se escondem, que lutam, querem mais amor, respeito e empatia. Assentes nestes pilares e de bandeiras bem levantada seguimos a passo com a voz de quem não quer calar, até ao Jardim Público.
Em ano do cinquentenário do 25 de Abril foi bonito ver todes aqueles que se juntaram para festejar a liberdade de ser quem quiserem num Alentejo que ainda tem tanto para evoluir, no entanto, com a certeza que está o caminho certo.
Foi bonito ouvir os discursos de todes aqueles que se quiseram expressar, foi bonito, emotivo e de arrepiar. A coragem dos que a família rejeitou, os que a vida não amou e aqueles que sonham amar e ser amados.
Foi bonito ouvir os discursos de todes aqueles que se quiseram expressar, foi bonito, emotivo e de arrepiar. A coragem dos que a família rejeitou, os que a vida não amou e aqueles que sonham amar e ser amados.
Eu, Sara já tive a oportunidade de estar em algumas marchas, mas digo-vos que nenhuma me fez arrepiar assim. O abraço de conforto e de orgulho que Évora teve para nos dar foi sentido, que bonito é ver que o Alentejo não está morto e tem tanto para marchar.
Que venha a terceira com a certeza que o Jardim Público ficará cada vez mais pequeno.
Sara Salgueira