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O Orgulho Existe, Resiste e Saiu à Rua em Viseu (com vídeo)

Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTI

A quarta edição da Marcha LGBTQIA+ de Viseu, sobe o mote “O Orgulho Existe, Resiste e Sai à Rua”, aconteceu no passado dia 10 de Outubro, véspera do “The Coming Out Day” ou Dia Internacional Fora do Armário, contando com mais de duas centenas de participantes, fechando o calendário das Marchas LGBTQIA+ no país, logo depois da realização da Marcha de Leiria e do Funchal.

 

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Através da participação de vários colectivos e pessoas, entre as quais a Plataforma Já Marchavas, a organização desta quarta edição, mostrou-se comprometida em dar visibilidade às formas de discriminação e incitação ao ódio decorrentes até então na cidade. Para isso, o percurso realizado, começou no Jardim Sensorial de Santo António, junto à sede do partido Chega, onde se fez ouvir o protesto dos participantes, abrindo ao som de megafones, o mote “Não Passarão!”, denunciado a perseguição e agressões infligidas a um jovem viseense pela sua expressão de género, por parte de militantes desse partido, após 15 anos da cidade ser apelidada de “Capital da Homofobia”.

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Com percurso traçado entre as principais artérias da cidade, entre a Rua Direita, seguindo para o Parque Aquilino Ribeiro e terminando na Praça da República, de frente para o edifício da Câmara Municipal de Viseu, a marcha de Viseu, mostrou ser, uma vez mais, uma Marcha Política, onde entre cartazes dispersos no ar, se apelou à luta pela não discriminação, ao direito à autodeterminação, ao combate do pinkwashing e backlash dos Direitos LGBTQIA+, um apelo que o executivo camarário volta a ignorar mostrando a sua ausência neste momento importante de reivindicação e respeito pelos Direitos Humanos na cidade.
Contando com a presença e intervenções de diferentes personalidades e organizações do ativismo LGBTQIA+, como a tão acarinhada Eulália Almeida da AMPLOS, do fundador e editor do site de notícias PortugalGay.pt, João Paulo, do Presidente da Opus Diversidades, Helder Bétolo, como também pela intervenção da Deputada na Assembleia da República, Fabíola Cardoso, finalizando com o discurso da Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, nunca esquecendo a necessidade de criar reais condições de igualdade num país marcado pela desigualdade.

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Por fim e, antes do momento cultural, onde se celebrou a diversidade ao ritmo das cores do bandeirão, contando também com a actuação musical das activistas da Plataforma Já Marchavas, foi lido o manifesto de protesto desta marcha, demarcando “o repudio dos discursos de ódio e reivindicação da luta pela liberdade de expressão; pela criação de condições de igualdade plena; pela criação de planos municipais LGBTQIA+; da criação de redes de apoio, de diálogo e acompanhamento às pessoas que sofram dos diferentes tipos de violência LGBTQIA+fóbica no interior; e ainda da implementação de ferramentas de ensino e aprendizagem de temas de saúde sexual e diversidade de género a profissionais da saúde, do ensino, da justiça e segurança civil”, disponível aqui.
A Marcha de Viseu foi, uma vez mais, um momento de cooperação cidadã, de partilha e entrega a uma causa que é de todes nós.

 

Daniel Santos Morais