O que se passa na cabeça destas pessoas?
Em menos de um mês começaram a surgir grupos na internet apelando ao "Orgulho Hetero" em Portugal. Criados ora no Instagram ou no Facebook têm aparentemente origem em núcleos de estudantes das Universidades Portuguesas.
Vejamos alguns exemplos.
Na Universidade do Minho:
Na Universidade da Beira Interior:
Na FCT - UNL, no Monte da Caparica:
O Núcleo Hetero da FCT faz anunciar inclusive que pretende organizar uma marcha do Orgulho Hetero.
Recorde-se que o conceito de Orgulho entre a população LGBTI nasceu por oposição à vergonha e teve origem nos Estados Unidos em 1969, quando a 28 de Junho, no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, homossexuais e transexuais resistiram, pela primeira vez na história, às rusgas policiais. O episódio constitui um marco na luta contra a opressão e um grito de libertação na história das pessoas LGBT. Este ano, assinalam-se os 50 anos desse marco histórico com o World Pride de Nova Iorque.
Esta quinta-feira começou também a circular na redes sociais o anúncio de umas jornadas dirigidas aos alunos do Colégio Sagrado Coração de Maria, em Lisboa. Os temas vão desde a possibilidade de censura, à imposição cultural aos refugiados, ao valor dos votos face de acordo com os rendimentos ou se os gays nascem mesmo gays ou se tornam gays influenciados pelo meio.
Nos últimos dias também o lançamento da colecção de roupa sem género da marca Zippy Kids voltou a trazer à praça pública a discussão sobre o tema do género da roupa infantil. Há quem, nas redes sociais, apele ao boicote da marca só porque esta empresa decidiu fazer roupa igual para todas as crianças sem distinções. De facto, um verdadeiro escândalo em pleno 2019.