Orgulho em ser Fujitsu
Comecei a trabalhar na Fujitsu Portugal em 2013, um pouco por acaso e nunca pensando fazer carreira na área do IT. A minha formação é em literatura e história, havia trabalhado sempre em livrarias, sobretudo de bairro, com poucos colegas; iniciar a minha actividade profissional numa multinacional pareceu-me assustador! Como iria falar três línguas diferentes e dar apoio a empresas a nível informático, se o que sabia pouco mais era do que fazer um ou outro documento em Word, um ou outro Powerpoint?
A acrescentar aos meus receios face ao novo desafio que se me apresentava, foi também em 2013 que comecei a ter os primeiros sintomas de infecção por VIH, tendo confirmado o diagnóstico no ano seguinte. Período conturbado e desafiante ao mesmo tempo! Não sendo apaixonado pelo trabalho que desenvolvia, algo me fez ficar, persistir, continuar.
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Algo que me intrigava no “modus operandi” da empresa era como, face aos desafios de cada dia, os colegas se mostravam sempre satisfeitos. Aos poucos fui conhecendo a política da empresa e fui-me apaixonando pelo trabalho, pela forma como a Fujitsu Portugal trata os funcionários. Apesar da exigência e do rigor do trabalho, a Fujitsu distingue-se das demais empresas por se focar no indivíduo, no seu bem estar laboral e pessoal, na aposta que faz em cada um dos seus funcionários a nível de formação e, sobretudo, por ser uma empresa inclusiva, na qual coexistem as mais variadas culturas, nacionalidades, credos, orientações sexuais. Cada um de nós é único e a Fujitsu é um espaço seguro, no qual podemos ser quem somos.
Há já alguns anos que, para além do meu trabalho de IT, colaboro activamente na organização de actividades que nós todos enquanto Fujitsu proporcionamos aos colegas (globalmente). Em 2021, a Fujitsu, alinhada com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, criou as “SDG communities”, tendo como mote "Tornar o mundo mais sustentável, criando confiança na sociedade através da inovação.":
- Acabar com a pobreza.
- Acabar com a fome.
- Saúde e bem estar.
- Educação.
- Igualdade de género.
- Água potável e saneamento.
- Energia limpa e acessível.
- Trabalho digno e crescimento económico.
- Indústria, inovação e infraestruturas.
- Redução das desigualdades.
- Cidades e comunidades sustentáveis.
- Consumo e produção responsáveis.
- Acção climática.
- A vida nos oceanos.
- Vida no planeta.
- Paz, Justiça e instituições.
- Parceria para a realização dos objectivos.
Através das 17 comunidades, centenas de conferências e actividades acontecem por todos os países onde a Fujitsu se encontra (Portugal, Índia, Filipinas, Reino Unido, Alemanha, Japão, Polónia, etc.). “Agimos localmente, pensando globalmente” com o intuito de tornar o mundo um sítio melhor.
Desde a implementação das comunidades, parte do Negócio Responsável que pauta a Fujitsu, que sou um dos facilitadores da comunidade 10, “Reduzir as desigualdades”, na qual comecei a focar-me, sobretudo, sendo um homem gay, portador de VIH, na comunidade LGBTQIA+, proporcionando actividades e conferências, quer para os colegas da comunidade, quer para os que, não se identificando com a comunidade, querem saber mais, ser aliados.
No entanto, a minha grande aventura começou no final de 2021, quando foquei o meu trabalho exclusivamente nas questões da comunidade LGBTQIA+, encontrando-me presentemente na posição de Chair da nossa Pride Network. Este amor e dedicação à causa permitiu-me proporcionar aos colegas conferências acerca do VIH no local de trabalho; organizar o mês dedicado à História da comunidade LGBTQIA+; festas virtuais; entre um sem número de actividades que permitem desmistificar e normalizar o que foge à norma imposta pela sociedade, face à orientação sexual de cada um.
Como não poderia deixar de ser, sendo o mês de Junho o mês por excelência da comunidade, uma série de eventos estão previstos a nível global: festas de comemoração do Pride; conferências abordando temas como a “Homossexualidade no desporto” ou como “”Pequenos actos podem mudar o mundo”; estaremos também presentes, a convite da ILGA Portugal, no Arraial Pride do próximo dia 24 de Junho.
Todos temos conhecimento de empresas, nas quais os funcionários são discriminados e, até, despedidos por se assumirem como são; ou têm de esconder a sua essência, de forma a protegerem o seu emprego. Na Fujitsu, não. Cada dia enfrento um novo desafio, mas sempre consciente de que os pequenos passos e vitórias que vou conseguindo permitem proporcionar, a mim e a tod@s, um local de trabalho inclusivo e seguro, que nos incute valores que trazemos para o nosso quotidiano não laboral.
Ricardo Falcato