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Os filmes vencedores do Queer Porto

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Foram conhecidos este Sábado os vencedores do Queer Porto 4. Foi este Sábado, durante a Noite de Encerramento da 4ª edição do Festival Internacional de Cinema Queer, que foram anunciados os prémios de Melhor Filme da Competição Oficial e Melhor Curta-Metragem de Escola da Competição In My Shorts, bem como a escolha do público.

 

Na Competição Oficial estavam a jogo oito filmes. O galardão de Melhor Filme coube a "Soldiers. Story from Ferentari" de Ivana Mladenovic, uma produção que envolve três países Roménia, Sérvia e Bélgica. O filme fala de Adi, um jovem antropólogo recentemente abandonado pela namorada, que se muda para Ferentari, o bairro mais pobre de Bucareste, com o desejo de escrever um estudo sobre a música manele, a pop da comunidade cigana. Enquanto pesquisa sobre o assunto, conhece Alberto, um ex-presidiário cigano que promete ajudá-lo. Rapidamente, os dois iniciam um romance em que Adi alimenta Alberto com planos improváveis para escapar à pobreza e Alberto retribui com frases de amor bem inventadas. 

O Júri da Competição Oficial, composto por Guerra da Mata (artista e curador), Liad Hussein Kantorowicz (performer) e Tiago Alves (radialista e jornalista) decidiu atribuir o Prémio de Melhor Filme a Soldiers. Story from Ferentari, no valor de 3.000 euros atribuído pela RTP2, pela compra dos direitos de exibição do filme neste canal. O Júri considerou este um "excelente filme que vem questionar a cisheteronormatividade romena que disciplina e controla corpos e desejos, causando sofrimento a quem ousa ser diferente. Numa perspectiva queer, o filme materializa-se no questionamento das demandas feitas a partir da construção da masculinidade, em outras palavras, chama a atenção para as normas que os criam."

"The Rest I Make Up" de Michelle Memran recebeu uma Menção Especial por representar de forma invulgar a habitual estigmatização habitualmente associada ao sujeito com Alzheimer’s: "É uma verdadeira ode à amizade" considerou o Júri. Já o Prémio do Público foi atribuído a "Dykes, Camera, Action!" um filme realizado por Caroline Berler e que cobre falta de representatividade das lésbicas e a história do cinema queer desde os seus primórdios enquanto subcultura marginalizada, passando pela década de 90 que vê surgir o Novo Cinema Queer, até aos dias de hoje.

A competição In My Shorts escolheu como Melhor Curta-Metragem de Escola "Brthr" (Portugal, Espanha, 2017, 8'), de Inma Veiga. Este prémio tem o valor de 400 euros em equipamento audiovisual, patrocinado pela marca Much Underwear, e num crédito de 500 euros para formação numa das Escolas Restart, de Lisboa ou Porto. Segundo o Júri: “Brthr” é uma biografia ficcionalizada que fortifica o sentimento de irmandade e de acolhimento afectivo a alguém que se encontra fora do lugar."