Os primeiros três dias do Queer Lisboa vão ser assim (com trailers)
No Sábado, dia 15 de Setembro, tem início o programa “O vírus-cinema: cinema queer e VIH/sida”, que congrega um ciclo de cinema, uma exposição e o lançamento de um livro de ensaios. O ciclo, a ter lugar na Cinemateca Portuguesa e no Cinema São Jorge, pretende dar a conhecer os realizadores do vídeo-activismo do VIH/sida, colocando estas obras de emergência em diálogo com algumas das longas-metragens mais emblemáticas sobre este tema. Neste fim-de-semana vai ser possível ver Bright Eyes (1986), de Stuart Marshall (Sábado, dia 15 de Setembro, 17h, Sala 3), um dos primeiríssimos documentários sobre a sida; e Buddies, de Arthur J. Bressan Jr. (1985), aquela que é considerada a primeira ficção sobre a sida, apresentada aqui em cópia recentemente restaurada, com sessão no Domingo, às 19h30, na Sala Manoel de Oliveira. O arranque do ciclo na Cinemateca Portuguesa dá-se no Sábado, às 21h30, com a exibição de Kids (1995), de Larry Clark, um dos expoentes do cinema indie norte-americano e que foi também o primeiro argumento escrito por Harmony Korine.
No Sábado, às 16h30, no foyer do Cinema São Jorge é lançado o livro “O vírus-cinema: cinema queer e VIH/sida”, uma edição da Associação Cultural Janela Indiscreta, com coordenação de António Fernando Cascais e João Ferreira, que reúne um total de 25 ensaios, onde 24 diferentes autores escrevem cada um sobre um filme que aborda esta temática, oferecendo-se assim diferentes perspetivas sobre os desafios que a epidemia representou para o cinema. Nesse mesmo Sábado, às 18h, inaugura a exposição “O vírus”, na Galeria FOCO. Com curadoria de Thomas Mendonça, trata-se de um desafio lançado a um conjunto de jovens artistas para conceberem uma peça à volta da temática do VIH/sida e dos filmes programados no ciclo, procurando-se assim uma perspectiva de como a epidemia é vista e interpretada por uma nova geração.
Um dos destaques da Competição para a Melhor Longa-Metragem é a exibição de Sauvage (dia 15 de Setembro, 22h, Sala Manoel de Oliveira). Primeira longa-metragem de Camille Vidal-Naquet, o filme teve honras de estreia na Semana da Crítica do Festival de Cannes, neste que é um assombroso e desarmante retrato do universo da prostituição masculina, localizado numa descaracterizada Estrasburgo, cidade-fronteira de uma Europa à beira do precipício - o mesmo precipício onde se encontra Léo, o herói do filme, numa admirável interpretação de Félix Maritaud (recentemente revelado em 120 battements par minute). Também integrado na Competição para a Melhor Longa-Metragem está Girl, de Lukas Dhont, um impressionante retrato de uma rapariga trans, Lara, que tem de conjugar as mudanças do seu corpo devido à redesignação sexual, com as exigências físicas do treino para bailarina profissional. O filme é exibido no domingo, dia 16 de Setembro, às 22h, na Sala Manoel de Oliveira.
Ainda durante esta edição irá estar disponível em vários locais a cerveja “No Labels” criada pela agência ComOn, cujo rótulo sai apenas passando o dedo sobre a garrafa. Podes encontrar a Cerveja Musa durante o festival, no dia 15 de Setembro, a partir das 18h, na inauguração da exposição "O Vírus", na Galeria Foco, e no dia 18 de Setembro, a partir das 22h, na Festa da Equipa, no bar Corvo Real. O vídeo de apresentação da cerveja já começa a ser viral: