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Palmarés Queer Lisboa 26: As melhores fitas que passaram pelo Cinema São Jorge (com trailers)

wet sand queer lisboa

Numa edição de grande afluência, Queer Lisboa 26 dá dupla premiação a Joyland e ao realizador português André Godinho.
 
 
Foi na Sessão de Encerramento do Festival Internacional de Cinema Queer Lisboa 26, este Sábado, que foram anunciados os melhores filmes desta edição.
 

O júri da Competição Longas-Metragens, composto por Cláudia Lucas Chéu, Nuno Nolasco e Rita Azevedo Gomes, atribuiu o Prémio para a Melhor Longa-Metragem desta edição a Wet Sand, de Elene Naveriani, justificando a sua decisão “pela sobriedade da forma como desenvolve a escrita cinematográfica e aborda a temática da discriminação social, pela direção e desempenho dos atores, pela inteligência com que os temas musicais dialogam com o tempo do filme, ganhando uma presença própria, Wet Sand é de uma beleza inequívoca”.

O mesmo Júri atribuiu uma Menção Especial a Joyland, realizado por Saim Sadiq. Segundo o júri, “Joyland propõe um olhar incisivo e ao mesmo tempo delirante sobre a condição das mulheres dentro da comunidade paquistanesa”. O mesmo filme conquistou também o Prémio do Público da Competição de Longas-Metragens.

O júri da Competição Documentários, composto por Joana Frazão, Nathalie Mansoux e Rui Madruga, decidiu atribuir o Prémio de Melhor Documentário ao filme Nuestros Cuerpos Son Sus Campos de Batalla, realizado por Isabelle Solas, um prémio atribuído pela RTP2, pela compra dos direitos de exibição do filme neste canal. Em comunicado, o júri justificou a sua escolha “​​pelo registro sensível e justo da luta diária de duas mulheres transgénero que se dedicam à ação direta, à transmissão das suas experiências e conhecimentos, e que defendem a convergência das lutas contra as várias formas de dominação e discriminação”.

O Prémio do Público da Competição de Documentários foi atribuído a Corpolítica de Pedro Henrique França:

Por sua vez, o júri da Competição Queer Art, composto por Jesse James, Vasco Araújo e Luciana Fina, decidiu atribuir o Prémio de Melhor Filme a Neptune Frost, realizado por Saul Williams e Anisia Uzeyman. Sobre a sua escolha, o júri referiu: “premiamos Neptune Frost pela extraordinária direção de arte, pela visão crítica sobre a realidade contemporânea e pela forma como nos catapulta para um espaço de liberdade e esperança dentro dos conceitos queer”.

O mesmo Júri atribuiu uma Menção Especial a Ultraviolette et le gang des cracheuses de sang, realizado por Robin Hunzinger. Segundo o júri: “premiamos Ultraviolette et le gang des cracheuses de sang com uma Menção Especial pela excelente realização e trabalho com imagens de arquivo, que nos desafiam a repensar a nossa relação com a história/memória, com a arte e com as narrativas sócio/politicas do passado, presente e futuro”.

Por fim, o júri da Competição Curtas-Metragens, composto por Rodrigo Diaz, Rui Palma e Sandra de Almeida, atribuiu o Prémio de Melhor Curta-Metragem ao filme Uma Rapariga Imaterial, realizado por André Godinho. Sobre o filme, o júri referiu: “uma Rapariga Imaterial é uma curta-metragem que, de uma forma inequivocamente inovadora, através da ideia de comunidade, nos convida a pensar num futuro líquido, cada vez mais próximo”. O Prémio do Público da Competição de Curtas-Metragens também foi atribuído a Uma Rapariga Imaterial de André Godinho, conquistando dessa forma dois prémios na mesma competição.

O mesmo júri atribuiu uma Menção Especial a Billy Boy, realizado por Sacha Amaral, comentado sobre a escolha: “em Billy Boy encontramos um olhar profundamente sensível que traduz as implicações dos relacionamentos na solidão da era digital”.

A Competição In My Shorts de Curtas-Metragens de Escola Europeias teve o mesmo júri, atribuindo o Prémio de melhor Filme a Le Variabili Dipendenti de Lorenzo Tardella, referindo sobre a sua escolha: “Le Variabili Dipendenti conquista-nos através de uma linguagem excecional, apresentando-nos, numa pulsão entre dois adolescentes, a descoberta dos seus desejos mais profundos”. 

Este júri atribuiu ainda uma Menção Especial a The Greatest Sin, realizado por Gabriel B. Arrahnio. Segundo as suas declarações: “através de testemunhos reais, The Greatest Sin destaca-se ao colocar a descoberto as experiências, no presente, de questões identitárias e emigração”.

 

Depois de duas edições, em 2020 e 2021, sob fortes restrições sanitárias que apenas permitiram a ocupação das salas a 50%, os espectadores do Queer Lisboa 26 voltaram a ter a experiência da ocupação completa das salas, com várias sessões esgotadas, nomeadamente a sessão de abertura, com cerca de 900 espectadores. Esta edição permitiu-nos também acolher mais de 40 convidades internacionais, vindes de países como o Chile, EUA, Brasil, Argentina, Espanha, Holanda, Reino Unido, França, Suíça, além de váries convidades portugueses.

O Cinema São Jorge e a Cinemateca Portuguesa voltaram assim a viver um forte sentido comunitário de partilha e troca de vivências à volta do cinema queer. Foram, ao todo, mais de 6.500 espectadores a ocupar as várias salas do Festival, o que significa um acréscimo de 30% em relação à sua edição anterior, para além dos muitos que frequentaram as muitas festas do festival, que foram igualmente retomadas este ano.

Encerrada mais uma edição do Queer Lisboa, estão já confirmadas as datas do Queer Lisboa 27, a ter lugar de 22 a 30 de Setembro de 2023, no Cinema São Jorge e Cinemateca Portuguesa.

Ainda este ano, terá lugar a 8.ª edição do Queer Porto, entre 29 de Novembro e 4 de Dezembro de 2022, no Teatro Rivoli, Reitoria da Universidade do Porto, Teatro Helena Sá e Costa e Maus Hábitos.