Io Apolloni, Lili Caneças, Maria João Gama, Mila Ferreira, António Aldeia e Aristides Teixeira estão entre as pessoas que solicitaram à Câmara Municipal de Lisboa que seja atribuída a Carlos Castro o nome de uma rua da capital. A proposta, que já foi entregue à vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, será submetida à Comissão Municipal de Toponímia. Segundo os subscritores da proposta, a atribuição de uma rua prende-se com o “talento literário” de Carlos Castro, por ter sido “uma referência na crónica social” e “um defensor de causas, nomeadamente do combate à homofobia”.
A Comissão Municipal de Toponímia tem por regra apenas atribuir topónimos cinco anos após a morte da personalidade que se pretende homenagear.
No Facebook um grupo com mais de 30 mil pessoas não quer que seja atribuído o nome do cronista social a uma rua lisboeta. Neste grupo é possível encontrar comentários de índole homofóbica e outros simplesmente de mau gosto, como é exemplo este de Miguel Maurício: “Por mim podem baptizar a ETAR de alcântara com o nome dele! Com tanta gente realmente importante que não mereceu essa honra pensar atribuir o nome de uma rua a esta criatura dá-me simplesmente vómitos…”
4 Comentários
José Silva
Sou homossexual e não estou de acordo com a atribuição do nome do Carlos Castro a uma rua, isto porque acho que não foi uma figura suficientemente importante para o merecer. Estou de acordo que lutou pelos direitos dos homossexuais mas por essa luta acho que temos nomes mais relevantes e ser cronista social e escrever os livros que escreveu não é motivo suficiente para tal.
Lamento imenso é que surjam grupos como este no Facebook onde chovem insultos e se cultiva o ódio e a ignorância. Constantemente denuncio grupos como este, mas infelizmente em vão.
Nuno
Concordo totalmente com este comentário!
B.Torrão
Assino por baixo!
RBG
Acho incrivel o prurido que causa este tema a muita gente. Olhem para o mapa de Lisboa e digam-me quantos dos nomes que constam das suas ruas foram pessoas de relevo nacional ou assim tao grandioso? Basta olhar para Telheiras, por exemplo, em que todas as ruas tem nomes de pessoas, incluindo a do jovem que morreu electrocutado pelo semaforo de peoes…
Acho que o Carlos Castro merece uma rua sim senhor, como lisboeta, como escritor e cronista, tal como o merecem muitas outras individualidades vivas e mortas do panorama nacional.