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Miguel Rodeia

Ao defender-se uma Europa mais unida esta deve ter as suas próprias agendas sobre os mais diversos assuntos. Caberá a essa Europa não andar a reboque das agendas ditadas por países extra-europeus.

O mundo está a mudar, a dinâmica internacional está a mudar e a Europa deve concentrar-se no seu próprio poder e importância estratégica no Mundo enquanto continente e união de estados.
Desta forma, penso que a Europa deve ter a sua própria agenda quanto aos direitos da Comunidade LGBTQIA+.
É sabido e evidente que desde os anos 70 os países europeus seguem uma agenda norte americana, com alguma razão histórica, mas que a cada década que passa fica mais longe da realidade europeia.
A Europa hoje vê-se confrontada com atropelos aos Direitos Humanos dentro da sua própria União.
Será irrealista pensar que a Comunidade LGBTQIA+ americana ou de outros continentes dessem importância e relevância ao que se passa na Polónia ou na Hungria, a título de exemplo, onde muitos nem sabem onde ficam.
Partilhei uma ideia de uma bandeira arco-íris alternativa, actualizada e mais abrangente, concebida em Portugal, consequentemente na Europa. Não será a melhor ou a perfeita, mas é um bom exemplo de como se pode fazer diferente e a diferença.
As 5 versões ‘oficiais’ da bandeira arco-íris são norte-americanas. Não temos na Europa, criativos bastantes que criem uma bandeira consensual alternativa?

Porque não criar uma celebração europeia no dia a 28 de Agosto, dia do nascimento do jurista alemão Karl-Heinrich Ulrichs (1825-1895), que foi demitido do seu cargo como advogado oficial junto da comarca de Hildesheim, em Hannover, em 1859 em função de sua homossexualidade começando uma vida como uns dos primeiros activistas políticos em prol dos direitos dos homossexuais?


Porque não criar uma celebração europeia no dia a 28 de Agosto, dia do nascimento do jurista alemão Karl-Heinrich Ulrichs?

Não se trata de ser anti-americano nem será apagar a história e esquecer revolta de Stonewall, não será esquecer a coragem de Harvey Milk e todos os episódios da luta pelos direitos das pessoas LGBTQIA+ em muitos países do Mundo, será lembrarmo-nos da nossa própria história e privilegia-la sobre outras de outros países e continentes.
Por exemplo, lembrar os muitos mortos nos campos de concentração nazi, que ostentavam no peito o triângulo cor-de-rosa invertido, símbolo gay até à concepção da bandeira arco-íris em 1978 por Gilbert Baker.

Criemos a nossa própria identidade LGBTQIA+ europeia, com a nossa história, façamos o nosso próprio calendário, a nossa própria agenda que sirva uma Europa unida a que pertencemos, que seja solidária, que lute pelo respeito dos cidadãos europeus na sua diversidade, que não permita atropelos aos Direitos Humanos como os que somos confrontados diariamente.

Miguel Rodeia