Portugal na digressão internacional de Glória Groove (com vídeo)
Quando em 2016, Glória Groove lança o seu primeiro single “Dona”, foi clara quando disse de onde e para o que vinha: “Deixa eu me apresentar/ Sou Glória Groove do Brasil, eu vim pra ficar/ Pode contar prazamiga, vai/ Chama o bonde todo É! Avisa quem chegou/ A dona do jogo (....)/ Pra um dia contar a história/ Da mina que mudou tudo/ Que veio da zona leste/ Pra virar dona do mundo”.
Chegou e veio para ficar. Ao transformismo, trouxe a música. À música, um significado político. No país que mais mata pessoas trans no mundo, Groove assume a linha da frente na luta contra o preconceito, através da mensagem de empoderamento e auto-estima presente nas suas músicas que cruzam os universos do pop, do rap e do hip hop.
“O Proceder”, lançado em 2017 e que tem singles como “Gloriosa” ou “Muleke Brasileiro”, será um álbum marcadamente pessoal, que explorará a vivência de um rapaz negro, homossexual, efeminado e da periferia de São Paulo.
Sucedem-se as digressões, as referências na imprensa e em 2018, Groove lança um dos maiores sucessos da sua carreira “Bumbum de Ouro” que conta com mais de 70 milhões de visualizações no YouTube e que marcará uma nova fase artística.
Com outros artistas, lançará temas que rapidamente se tornam hits, como “Arrasta” com Léo Santana, “Provocar” com Lexa, “Rebola” com Iza e Carlinhos Brown, ou “Joga Bunda” parceria com Pabllo Vittar e Aretuza Lovi, que não só a levarão a alcançar novos públicos como a explorar outras linguagens e sonoridades musicais. “Coisa Boa”, lançada no início de 2019, até agora conta com mais de 30 milhões de visualizações no YouTube.
Estes e outros temas farão parte do alinhamento dos dois concertos de Groove em Portugal! Com uma aposta numa carreira internacional, a drag queen brasileira estará dia 12 de Julho no Lisboa Ao Vivo e dia 14 de Julho, rumará a norte, para o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, para dois concertos onde a animação e a “raba no chão” está garantida. Os bilhetes custam entre 15 e 30 euros.
Filipe de Oliveira