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Prémios Arco-Íris distinguem CM Lousã, Festival Queer e Sandra Saleiro

Prémios Arco-Íris 2020

Pela primeira vez os Prémios Arco-Íris da asssociação ILGA Portugal foram transmitidos na televisão. A cerimónia foi apresentada por Rui Maria Pêgo e Jenny Larrue e pôde ser vista esta sexta-feira através do Canal Q.

O distanciamento social a que pandemia obriga atirou os prémios para a televisão (e para a internet) numa cerimónia sem o habitual público que costumava encher salas lisboetas como o Estúdio Time Out, o Cinema S. Jorge ou o Teatro do Bairro. Para além dos prémios houve actuações de Pipa Marinho e Babaya Samambaia. 

Foram distribuídos seis prémios pela mais antiga associação de defesa das pessoas LGBTI+. A saber:

Prémio Jornalismo: Ana Tulha (Notícias Magazine) pela reportagem "Homossexualidade no desporto: “Tenho adversários que me dizem ‘olha aí, ó paneleiro'"" e Bernardo Mendonça (Expresso), pelo seu trabalho contínuo na causa LGBTI+ com que se identifica "e procura dar voz", nomeadamente pela reportagem "Violência doméstica: Casas que salvam vidas LGBTI". Num ano em que pela primeira vez um clube de futebol português foi multado por homofobia este é um prémio que distingue um trabalho que procura mudar mentalidades

Prémio Coming Out: Maria João Vaz
25 anos depois de protagonizar um anúncio icónico para a então Telecel, Maria João Vaz foi ao programa "A Tarde é Sua" de Fátima Lopes na TVI falar da sua identidade.
A actriz esperou pelos 54 anos de idade para dizer: "Estamos sempre a tempo de ser felizes e vivermos em verdade... e sejam felizes, é o mais importante!"

Prémio AMPLOS: Sandra Saleiro. A socióloga e investigadora foi distinguida pela associação AMPLOS pelo seu papel activo e empoderamento da causa LGBTI. Sandra Saleiro contribuiu em 2020 para a melhoria da qualidade de vida das pessoas LGBTI. "Desde os primeiros estudos com as pessoas trans sabe-se a importância da família para a plenitude das suas vidas" explicou a activista que colabora desde a primeira hora com a associação. O prémio foi entregue por Manuela Ferreira e Alexandra Teixeira, respectivamente, presidente e vice-presidente da AMPLOS - Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género.

Prémio rede ex aequo: Jorge Gato, Daniela Leal e Daniel Seabra
A associação de jovens LGBTI enalteceu o trabalho desenvolvido pelos investigadores portugueses e que permitiu saber como a pandemia está a afectar a juventude LGBTI+ em Portugal. A equipa do estudo "When home is not a safe place" considerou "este reconhecimento como extremamente motivador no nosso trabalho."
 
Prémio Autarquias: Câmara Municipal da Lousã
Vereadora da Educação Henriqueta Oliveira recebeu o prémio em nome da autarquia. A Câmara decidiu engalanar com as cores da bandeira trans o seu edifício e promover acções de sensibilização no concelho a propósito da temática da igualdade e da não discriminação no dia 20 Novembro, Dia da Memória Trans. "Na Lousã trabalhamos em rede", disse a autarca. "Mais do que iluminar janelas é preciso rasgar janelas" continuou. Recorde-se que também este ano o site  dezanove.pt atribuiu um prémio a esta autarquia devido a esta iniciativa inédita. Também em 2019 a CIG tinha distinguido a CM Lousã com um prémio de igualdade.
 
Prémio 25 Anos ILGA: Festival de Cinema QUEER
O director do festival de cinema queer, João Ferreira agradeceu o prémio de um festival que se cruza com o próprio nascimento da ILGA, e que em 2020, resistiu à pandemia e se adaptou quer em Lisboa, quer no Porto. João Ferreira partilhou o este honroso prémio com Gonçalo Diniz e Celso Júnior, fundadores do Festival, e com todos que na Associação Janela Indiscreta contribuíram para o Festival Queer.
 
Em entrevista à Time Out, Ana Aresta, presidente da ILGA Portugal declarou "2020 foi um ano que também permitiu expor uma série de fragilidades de dinâmicas sociais. Os prémios centram-se muito nesta exposição de realidades e fragilidades sociais das pessoas LGBTI e em gestos simbólicos que foram acontecendo.

A ILGA nasceu em 1995. "São 25 anos de existência e de resiliência" disse João Valério da direcção da associação durante a cerimónia. Como prenda de aniversário os dirigentes da ILGA esperam por um novo centro LGBTI em que possam trabalhar em segurança sem que lhes caia o tecto em cima. O alerta fica feito.