a saber

PrEP disponível em Portugal ainda este ano

 

A garantia foi deixada por Ana Aldir, directora do Programa Nacional de Infecção VIH, Sida e Tuberculose. 

 

“A PrEP (Profilaxia pré-Exposição) chega este ano, sem dúvida. Faltam apenas definir os aspectos regulamentares de acesso ao medicamento. Estamos a tratar das normas clínicas e já reunimos com a industria farmacêutica, em conjunto com o Infarmed, para estudar a sua introdução”, disse Ana Aldir ao jornal Expresso.
Apesar de não falar sobre a forma como será facultada a PrEP, o Expresso identifica-a como um sistema de prevenção para “grupos de risco”, nomeadamente “trabalhadores do sexo, população prisional ou utilizadores de drogas injectáveis”. Fica, por isso, por esclarecer se a PrEp será alargada a qualquer pessoa que pretenda passar a tomar o medicamento que, quando tomado diariamente, reduz a quase zero o risco de infecção pelo VIH. Calcula-se que em Portugal haja 53 mil pessoas infectadas com VIH.

 

Tudo sobre a PrEP aqui

 

23 Comentários

  • Anónimo

    Se forem inteligentes e respeitarem o dinheiro que tanto nos custa a ganhar e a descontar, é lógico que não é para qualquer pessoa.
    Andar a sustentar a promiscuidade dos outros quando eu não sou?
    Era só o que faltava a geringonça fazer.

  • revoltado

    És muito preconceituoso(a). Essas pessoas também pagam impostos e se calhar mais do que tu!!!! Vives no século XIX???? Devias ter vergonha na cara! O acesso a este medicamento previne a transmissão do VIH. Com ou sem medicamento, as pessoas não vão alterar o seu comportamento, quer queiras ou não. Espero que nunca precises de tomar estes medicamentos.

  • Anónimo

    Como é que eu adivinhei que um comentário moralista a queixar-se da “promiscuidade” iria aparecer aqui? Epá, ame mais e odeie menos.

  • ...

    ah pois e quem são os desgraçados que vão pagar para andarem no bem-bom com tudo o que mexe?
    os contribuintes do costume!

    tanto medicamento que não é comparticipado, tanto idoso a passar fome com reformas miseráveis e que as deixam quase todas na farmácia mas o PREP é que interessa

  • M

    Este amigo das 19H10 deve viver num mundo à parte, numa dimensão paralela. Também deve de ser contra os preservativos disponíveis gratuitamente (pagos pelo Estado) em escolas, hospitais e outros locais públicos.

    Que a PrEP comparticipada e acessível a todos siga para a frente! Poupar-se-ão muitas vidas (e, economicamente falando, com certeza sairá muito mais barato ao Estado custear a prevenção do que os tratamentos).

    Mas… Já agora… Andar a sustentar deficientes quando eu não sou? Andar a sustentar desempregados quando eu não sou? Andar a sustentar doentes oncológicos quando eu não sou? É capaz de ser a lógica do amigo das 19H10.

  • M

    O Estado já comparticipa preservativos, há largos anos, como política preventiva para o VIH. A PrEP é outra forma de prevenção. Há preservativos gratuitos (pagos pelo Estado e seus contribuintes) à disposição de qualquer um em hospitais, centros de saúde, escolas e outros locais públicos. Também são usados pelos que andam “no bem-bom com tudo o que mexe”. Bem-vindo ao mundo em que cuidamos uns dos outros, ainda que indirectamente.

  • Anónimo

    “tanto medicamento que não é comparticipado, tanto idoso a passar fome com reformas miseráveis e que as deixam quase todas na farmácia mas o PREP é que interessa”
    Falácia das prioridades? A senhora é assim tão unidimensional ao ponto de achar que não se pode resolver mais que um problema de uma vez?

  • Rui

    Enquanto as ditas associações/ grupos/blogues etc, que supostamente são os interlocutores da”dita” comunidade gay, não se libertarem dos rótulos e clichés que se auto-impõem, não me sinto minimamente representado. Porque continuam a associar as pessoas que se sentem atraídas por pessoas do mesmo sexo, a vih, anti-retrovirais, promiscuidade? Deveriam saber que comportamentos de risco não estam associados a nenhuma preferência sexual especifica, qt muito a personalidades, formas de estar, entre outras coisas. Enfim!

  • Gonçalo

    Muitas dúvidas na disponibilização à generalidade da população. Não se estará a dar um grande passo atrás na sensibilização que se faz há décadas?
    Devia ficar-se pelos grupos de risco e quem optar por deixar de usar preservativo, deve pagar a PrEP.

  • Indignado

    Neste paraíso dos trabalhadores socialistas e comunistas, pago um balúrdio sempre que vou a uma urgência justificada mas quem já abortou meia dúzia de vezes pode continuar a fazê-lo por conta do contribuinte. E com a Prep vai acontecer o mesmo: um ano de Prep custa mais de 5000 euros enquanto 365 preservativos custam ao Estado 18 Euros.
    O contribuinte paga!

    E as outras DSTs que o Truvada não resolve nem previne? É que, o uso do preservativo levou quase ao zero as DSTs em Portugal e o seu abandono vai reverter este cenário. Quem é que vai usar preservativo com o Estado a distribuir a Prep à descrição?
    E depois, quem vai pagar os tratamentos de Gonorreia, Sífilis, Hepatites, Herpes, Cancro Mole, Clamídia, Candidíase, Granuloma, Vaginose, Candiloma, Carcinoma, Molusco, Linfoma e Tricomonía que vão ressurgir em força?
    O contribuinte paga!

    Deixa-se uma solução barata e eficaz, que além do HIV ainda prevenia uma carrada DSTs, para uma solução caríssima que promove a licenciosidade e é uma rendição aos interesses económicos das farmacêuticas. O capitalismo só lhes faz confusão à moleirinha quando os patrões se recusam a sustentar sindicalistas que nada produzem.
    O contribuinte paga!

  • M

    No momento de julgarmos o comportamento alheio somos sempre todos puras Virgens Maria.
    O “balúrdio” que paga em taxas moderadoras quando usufrui de uma consulta de urgência é apenas uma ínfima parte do que o Estado, ou o “contribuinte” paga por essa mesma consulta. E essa consulta de urgência comprovada pode também vir na sequência de um qualquer comportamento de risco, sua responsabilidade (ou os largos números de cancro de pulmão, por exemplo, não são, também, da responsabilidade dos próprios doentes, que fumaram durante largos anos?).
    “É que, o uso do preservativo levou quase ao zero as DSTs em Portugal e o seu abandono vai reverter este cenário”. Óptima estatística e previsão de futuro! A previsão deve ter vindo do mesmo sítio que previu que os números de abortos iriam disparar, que as mulheres iriam abortar dia sim, dia não, quando a realidade tem revelado o contrário.
    “O contribuinte paga”, claro, e quem precisa de tratamentos para as doenças que citou também é contribuinte e merece tratamento acessível.
    Está na altura de sair da bolha dos falsos moralismos.

  • Anónimo

    Se o fornecimento de preservativos gratuitos tem sido intermitente e o SNS alega que faltam verbas para os comprar, onde é que o SNS vai desenterrar verbas para gastar fortunas em Truvada? Vai lá vai… ah espera, a companhia do Truvada precisa de renovar a frota de jactos, helicópteros e Saab’s e um país riquíssimo como Portugal é que os vai desenrascar.
    Vem aí a geração dos Truvada-dependentes em que cada comprimidinho diário que vão tomar quer “pinem” ou não, custa o mesmo ao SNS que 1 ano inteiro a 1 “queca” por dia com preservativo.

  • Anónimo

    Sabia que há pessoas que contraem HIV mesmo estando numa relação estável? E qual é o seu problema com a promiscuidade? Quer fazer activismo ignorando as pessoas da comunidade LGBT das quais não gosta? Ame mais e odeie menos.

  • Anónimo

    “O contribuinte paga!”
    Cá para mim “o contribuinte” parece preferir pagar os juros da dívida (ilegítima) bem como os buracos dos bancos.

  • Anónimo

    “O capitalismo só lhes faz confusão à moleirinha quando os patrões se recusam a sustentar sindicalistas que nada produzem.”
    Se não gosta de sindicalistas, prescinda de todos os direitos laborais que tem à custa desses mesmos sindicalistas:
    – Limite de 40 horas semanais.
    – 22 dias de férias pagas por ano.
    – Subsídios de parentalidade e doença.
    – etc.

  • Anónimo

    E vai ser você que vai verificar se as pessoas usam preservativo? É “fiscal da rola alheia”?

  • Anónimo

    Se o estado deixar de pagar dívidas ilegítimas, o SNS poderá ter verbas para tudo (e mesmo assim o SNS é um dos melhores sistemas de saúde do mundo).

  • SM

    Não acredito que o governo vá desatar a dar isto a torto e a direito e se o fizerem é BIG MISTAKE. Pelos comentários aqui no dezanove já vi que a comunidade está mais virada só para a atribuição a grupos de risco e argumenta com pés e cabeça. Quem quer prep para todos só argumenta com disparates.

  • Anónimo

    A geringonça é exemplo a nível europeu. Em França querem fazer uma geringonça para impedir que a 2ª volta das presidenciais seja entre direita e extrema-direita. Você parece daqueles que quer meter consumidores de droga na prisão (como fazem nos EUA) enquanto está mais que provado que a actual lei portuguesa (que despenaliza o consumo de qualquer tipo de droga, criminalizando apenas os traficantes) fez com que Portugal tenha uma das taxas mais baixas de morte por overdose na Europa.

  • Anónimo

    Ninguém o obrigou a tomar a PrEP. Só toma se quiser. Acredito até que a maioria das pessoas prefira usar preservativo. Não invente.

  • S

    Vamos lá ver se nos entendemos: a prioridade é que a Prep chegue aos grupos de risco, como os trabalhadores do sexo, toxico dependentes e membros de relações sero-discordantes (porque é que ainda ninguém mencionou este grupo?).

    Embora a Prep tenha tido excelentes resultados, já foram reportados pelo menos 2 casos em que alguém a tomar o medicamento ficou infectado:
    https://www.poz.com/article/meet-man-got-hiv-daily-prep
    http://betablog.org/second-documented-hiv-infection-prep/

    E não sabemos quantas mais pessoas também poderiam ter ficado se tivessem tido realmente contacto com o vírus. Além disso, não se tem a certeza que a Prep é igualmente eficaz contra todas as estirpes do vírus.
    “…because the strains of HIV they contracted were each resistant to the two antiretroviral (ARV) medications in Truvada.”
    https://www.poz.com/article/second-man-contracts-rare-hiv-strain-apparently-adhering-prep

    Antes de tornar o medicamento disponível para todos, é preciso estudar o efeito que poderá ter na saúde pública: saber se, por um lado, não estamos a dar uma falta segurança a quem toma Prep e se, por outro, não estamos a tornar vírus mais forte (algo que está a acontecer com outro tipo de infecções, que são cada vez mais resistentes aos medicamentos de primeira linha).

    Por outro, também ainda são desconhecidos os potenciais efeitos secundários da Prep a longo-prazo. Acham mesmo que devemos dar este medicamento a toda a gente que o pede, mesmo que não esteja “em risco”, sem esclarecer todos estes pontos?

  • A favor dos comentários com Facebook

    No Facebook não se vê um único comentador a queixar-se da “promiscuidade”. Para quando a implementação de comentários com Facebook para impedir esse tipo de discurso pseudo-moralista?

  • Pedro Lérias

    Viva,
    Acho que de facto faz falta uma discussão mais alargada sobre a PrEP. Existe uma visão excessivamente optimista que não tem sido alvo de grande contraditório.
    Não sei se o blog tem problemas com links nos comentários, se não tiver, deixo aqui uma ligação para um artigo onde tento, de forma isenta, rever a informação que existe sobre a PrEP e analiso algumas questões relacionadas com a mesma. Sou bastante crítico da forma como tem sido promovida a PrEP pelo CheckPointLX, por exemplo, pois têm tentado apresentar uma visão risonha da PrEP em detrimento do preservativo, manipulando alguma informação. Não sei se a ligação terá a aprovação dos moderadores de comentários, mas é um texto excessivamente longo para colocar aqui e o blog não tem qualquer carácter comercial neste momento.
    http://lojadehistorianatural.blogspot.pt/2017/03/a-prep-o-checkpointlx-e-promocao-da.html

    Cumprimentos,
    Pedro Lérias