Presidenciais 2021: Devemo-nos preocupar?
Foram estes os resultados finais das eleições presidenciais de ontem, marcadas pela pandemia e pela abstenção: Marcelo Rebelo de Sousa 60,7%; Ana Gomes 12,97%; André Ventura, 11,9%; João Ferreira, 4,32%; Marisa Matias, 3,95%; Mayan Gonçalves; 3,22%; e Vitorino Silva, 2,94%.
O que é que estes números nos dizem? O actual presidente foi reeleito com maioria absoluta. Mas temos algo bastante preocupante no horizonte: a extrema-direita teve um crescimento para o triplo em relação às últimas presidenciais, enquanto que a esquerda perdeu votos.
O que é que os números nos dizem acerca do país em que vivemos? Quem é o meu vizinho do lado? Quem terão sido as pessoas da minha aldeia a votar no fascismo? Quem são as quase 500 mil pessoas que em Portugal querem destruir o SNS, o ensino e que são votantes machistas, fascistas, homofóbicos, xenófobos e misóginos?
O que é que faltou à mensagem da esquerda para conseguir chegar aos portugueses?
E o que dizer de uma abstenção de 60,5% que deixa o futuro do país e das gerações vindouras nas mãos de 39,5%?
São números no mínimo preocupantes para um país que viveu 48 anos em ditadura. O que leva a que tanta gente tenha memória tão curta?
Foram vários os feedbacks da comunidade LGBTI+ que nos chegaram ontem e que partilhamos com vocês através das nossas redes sociais e que repetimos aqui:
Sim, devemo-nos preocupar. E isso faz-se lutando com informação.
Sofia Seno