Num programa dedicado a vários tipos de preconceitos dois dos convidados de Fátima Lopes no programa “A Tarde é Sua” (TVI) foram José Carlos Henriques e Fernando Silva. Foi este o primeiro casal do mesmo sexo que decidiu contrair casamento em Tomar. O casal conheceu-se e está junto desde 2004.
Ao longo do programa os dois homens falam das circunstâncias em que travaram conhecimento e como foi o processo de ultrapassar os preconceitos no trabalho e no seio da família. José Carlos pertencia à GNR, mas após denúncias por parte de uma pessoa com quem manteve no passado um relacionamento homossexual, foi obrigado pela sua hierarquia a reformar-me aos 33 anos de idade ou, em alternativa, a deslocalizar-se mais de 200 quilómetros. José relata que foi internado em Ortopedia sem ter qualquer problema desse ramo da Medicina, mas teve de sujeitar-se a consultas de Psiquiatria. Segundo o ex-guarda republicano, o relatório apontou “síndrome depressivo grave”.
Por sua vez, Fernando conta que, também devido a telefonemas anónimos que o denunciaram o seu relacionamento com José, foi obrigado pela esposa a pedir o divórcio e que encontra actualmente mais afastado dos filhos.
Depois de trocarem alianças, José e Fernando vivem agora felizes e tranquilos depois das contrariedades que tiveram de enfrentar para viver o seu amor. José explica ainda a importância da protecção legal conferida pelo casamento: “Sei que se eu for [falecer] primeiro, ele tem a vida mais segura, porque tem direito àquilo que é meu e a outros direitos que não teria se não fossemos casados.”
Na página do Facebook do programa apresentado por Fátima Lopes perguntava-se: “Todos dizemos com frequência que a nossa liberdade termina onde começa a dos outros e que o importante é ser feliz, mas… em pleno século XXI, será que estamos assim tão livres de preconceitos?”
10 Comentários
Sandra Magalhães
estas histórias deixam-me mesmo muito feliz.
Fer
o travecalikes é q já saía do video -.-‘
fausto
O senhor que estava casado traiu a esposa, e isso é suficientemente grave para que os filhos tivessem ficado do lado de mãe. Isto acontece também com casais hetero. Nem tanto ao mar nem tanto a terra!
Maria
Bem podias era agradecer ao TravecasLikes2 o trabalho que tem a recolher estes videos e a postá-los no youtube. De outra forma, este video, como tantos outros com bastante interesse, não apareciam na net.
Obrigada, TravecaLikes2! também vencerás o preconceito um dia!
Fer
Que eu saiba traveca é um termo pejorativo (por isso estar a vencer o preconceito desta forma é ridiculo) e estar quase a ocupar metade do ecrã enquanto os senhores falam é um bocado egocêntrico. Ainda assim agradeço à transgenero.
Maria
Amei este casal!
O amor, o carinho e a ternura que os une, conseguem transpor o ecrã e fazerem sentir-se do lado de cá.
Um grande bem haja à tolerância e ao respeito pelos direitos e liberdades de cada um!
Direito à Felicidade!
Sempre!
Maria
lucas
“Traveca” é apenas mais uma palavra, como outra qualquer, e quem cria os “termos pejorativos” são os preconceitos das pessoas…
Cátia Santos
Achei o discurso tanto da terapeuta como da Fátima um bocadinho condescendentes mas é muito bom a história deles chegar à tv. É sempre tempo para se encontrar a felicidade, excelente exemplo.
O Lesado
Esses senhores também são uns bons ladrões de cães.
Não tem nada haver com a orientação sexual, cada um sabe de si, mas esses senhores têm muita falta de carácter.
Ana Mestre
A história que podia ser a minha, com algumas diferenças, mas em muitas coisas igual, entre as quais um casamento de 26 anos, 2 filhos maiores que não aceitam a minha decisão, a saída de casa sem nada, mas finalmente FELIZ com a minha Princesa.