Prince morre aos 57 anos: um ícone gay que passou a odiar os gays (com vídeos)
O cantor Prince morreu aos 57 anos de idade. O corpo foi encontrado esta quinta-feira, na sua casa, no estado norte-americano de Minnesota. A causa da morte ainda não é conhecida.
O artista é considerado por muitos um dos maiores ícones pop de todos os tempos. Músico multi-instrumentista e dançarino sempre teve uma imagem arrojada.
Prince tornou-se um fenómeno mundial nos anos 80, com "Purple Rain" (1984), frequentemente considerado um dos melhores álbuns de todos os tempos.
Nascido como Prince Rogers Nelson, o cantor e compositor mudou, na década de 90, o seu nome para um impronunciável "símbolo de amor", e escreveu a palavra "escravo" numa bochecha, para protestar contra as condições contratuais da Warner.
Por fazer músicas provocatórias de elevado teor sexual, a sexualidade do artista foi várias vezes questionada. O próprio dizia que tinha “uma mulher dentro de mim”. O cantor casou-se duas vezes com duas mulheres: Mayte Garcia e Manuela Testolini.
Nos anos 80 foi considerado um ícone gay. Usava roupas coloridas e botas de salto alto para disfarçar os seus 1,60m de altura. Em 1981, na abertura de um concerto dos ‘Rolling Stones’ foi vaiado quando entrou em palco apenas de casaco e cuecas. O episódio acabou com o público a atirar-lhe lixo. No entanto, sempre afirmou que se sentia confortável com o seu visual excêntrico.
Em ‘Dirty Mind’ (1980), o seu terceiro álbum, com um conteúdo sexualmente explícito, Prince canta sobre um utópico paraíso onde todos são livres para expressar-se independentemente da idade, orientação sexual e cor da pele.
A sua posição em relação aos gays mudou depois da morte do filho e de se converter em Testemunha de Jeová. Aos 50 anos negou ter tido influência sobre os gays e disse ser contra os homossexuais. Uma das suas últimas músicas foi considerada homofóbica.