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Quem é o “perigoso” Milo Yiannopoulos que quer banalizar o discurso de ódio

Britânico, gay, banido do Twitter, de extrema-direita e fervoroso apoiante de Donald Trump. Milo Yiannopoulos voltou para a ribalta noticiosa depois de centenas de estudantes terem impedido, esta quarta-feira, que realizasse uma conferência na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Houve ainda confrontos com a polícia.  

Milo Yiannopoulos é editor do Breitbart News, um site que era dirigido por Steve Bannon, que entretanto foi trabalhar para a Casa Branca. Yiannopoulos é uma das faces do movimento “Alt-right”, que costuma ser apresentado como “direita alternativa”, mas que outros sectores preferem descrever como de “extrema-direita”.
O jornalista está a fazer uma digressão pelas universidades dos EUA com o eloquente designação: “The Dangerous Faggot Tour” (“Bicha perigosa”). As suas intervenções baseiam-se na defesa da liberdade de expressão e na crítica ao “politicamente correcto” e ao que ele descreve de “ideologias”, como feminismo, teoria do género, islamismo radical e movimentos sociais como o Black Lives Matter. As intervenções nas conferências costumam ser polémicas, carregadas de afirmações racistas e misóginas, que geram intervenções acesas da audiência e dão depois origem a vídeos difundidos por Milo Yiannopoulos nas redes sociais. Nas conferências tanto surge com óculos de sol, como envergando um uniforme de polícia ou roupa de mulher.

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É assumidamente um troll (provocador da internet) que aproveita qualquer polémica para atacar a esquerda. Exemplo disso foi o incidente em Berkeley, que esteve a acompanhar em tempo real nas suas redes sociais. Em 2016 Milo Yiannopoulos tinha já sido notícia depois de o Twitter o banir após ataques racistas dirigidos à actriz Leslie Jones.

O próximo passo do jornalista será o livro “Dangerous”. É esse o título da autobiografia, editada pela Simon & Schuster que, só chegará às livrarias em Março mas que cujas pré-vendas a colocam já na lista de best-seller. Só o contrato com a editora ascendeu a 250 mil dólares.

 

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30 Comentários

  • Jorge

    Não sei o que esperava de um site de noticias lgbt+, mas isto é simplesmente ridiculo…

  • Vaclav

    O Milo é tão “racista” que tem um namorado negro… O discurso dele é contra media, académicos e políticos, e todo esse situacionismo que pensava ter o poder de nos dizer o que devíamos fazer e decidir, e que agora treme com a eleição do Trump. Por isso é que a imprensa o apelida de “extrema-direita”, para o descredibilizar.

    Vejo esta notícia aqui, a meu ver com algumas falhas na ideia sobre quem é o Milo, e não vi nada sobre a comunicação OFICIAL da Casa Branca (Trump) dizendo que não vai alterar nenhuma medida do Obama de protecção à comunidade LGBT, incluindo leis do trabalho…

  • Anónimo

    Que triste haver gente racista e misógina. Obrigado por nos alertarem, dezanove!

  • Anónimo

    A seguir vai dizer que o Donald Trump não é machista porque sente atracção por mulheres… Irra que há com cada um.

  • Daniel

    Acertou em colocar aspas no “perigoso”, mas se esqueceu de também colocá-las no “discurso de ódio”.

  • Anónimo

    Então os gays de (extrema-)direita que se queixam do uso da palavra “bicha” por parte de pessoas LGBT já não se importam que um troll que assedia estudantes trans use a palavra “faggot”?

  • Anónimo

    Se acha que o discurso de ódio não é real nem problemático, então vive num mundo à parte. Faz ideia de como os crimes de ódio aumentaram após o Brexit e a eleição (sem o voto popular) do mentiroso-mor Donald Trump? Discurso de ódio não é “liberdade de expressão”. É crime em muitos países, incluído Portugal e o Reino Unido (de onde é a pessoa visada no artigo, pelo que não entendo como é que o seu passaporte não foi revogado nem foi efectuado um pedido de extradição). Para além de que os crimes cometidos por essa pessoa não se resumem ao discurso de ódio, mas também abrangem ameaças de violação (à semelhança do presidente americano que já assumiu apalpar diversas mulheres contra a vontade das mesmas) e exposição pública da vida privada de estudantes americanos. Se para si isso não é um problema, então não sei o que pensar de si.

  • Daniel

    “Discurso de ódio” não é uma coisa em sí, não há um significado objetivo para “discurso de ódio” que vá além de ‘qualquer coisa que a esquerda “progressiva” fortemente influenciada por figurões “intelectuais” como Adorno, Marcuse, Foucault, Beauvoir, Bourdieu e Horkheimer não gosta”.

    O que é discurso de ódio?

    É objetar leis que definam tratamento desigual por parte do Estado aos cidadãos com base em raça, sexualidade e gênero… como Milo faz? É acreditar e defender verbalmente que a liberdade de expressão é um conceito que inclui o direito de um ser humano proferir palavras ditas ou escritas que desagradem qualquer outro ser humano mas não inclui depredações, pichações e agressões físicas… como o Milo defende?

    A esquerda “progressista” se acostumou a nomear tudo que ela não gosta pelos mesmos nomes feios: fascismo, machismo, racismo, homofobia, discurso de ódio… Um dos precursores desta técnica foi Theodor Adorno, um “cientista” social da Escola de Frankfurt que estabeleceu uma tal escala F de Fascismo pela qual qualquer um que não concordasse integralmente com as ideias dele seria “Fascista”.

    Depois de serem martelados por décadas nas faculdades de “ciências” humanas os discursos de Frankfurt e dos “pensadores” parisienses do Pós-Guerra estavam quase virando hegemônicos, mas vocês foram com muita sede ao pote e se deixaram revelar, deixaram que víssemos a face horrenda por trás da máscara do bom-mocismo que se diz defensor das “minorias”. Enganam cada vez menos pessoas: como o próprio Milo diz, esta ideologia progressista nascida das cadeiras de “ciências” Sociais influenciadas pela supracitada rapaziada está morrendo no seu auge.

    Forte abraço de um negro brasileiro que agradece muito a este “supremacista branco imperialista” por mostrar cada vez mais ao mundo a verdadeira face dos protetores dos oprimidos,

    e beijos de luz!

  • Anónimo

    Bem eu não vou comentar o post mas sim a seguinte parte deste comentário: “e a eleição (sem o voto popular) do mentiroso-mor Donald Trump?”. Tenho a certeza que este comentário foi feito por alguém que diz que o atual governo de Portugal foi eleito de forma legitima. Pois bem, eu também não me agrada nada a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, mas, por muito que a muitos extremistas (ressabiados) de esquerda lhes custe a aceitar, aquilo que aconteceu com Donald Trump já aconteceu anteriormente nos USA, e, por muito que custe a alguns extremistas de esquerda aceitar, a eleiçao de Donald Trump, segundo a lei Americana, foi tão ou mais justa do que a formação do atual governo de Portugal. É mau o Trump? É um idiota? Sim, mas a sua eleição aconteceu de forma 100% democrática, por isso aceitem. E, sinceramente, não sei pq se preocupam tanto com a eleição de Trump, a mim preocupa-me muitíssimo mais viver num pais que está dominado pelos comunas e pelo extremismo de esquerda, e que a cada dia que passa, cada vez mais, caminha para uma nova bancarrota e mais miséria. Mas que se lixe! Desde que os esquerdistas possam andar a sustentar os preguiçosos que não trabalham e a função pública, o resto que se lixe! Mas a direita é que é má. Claro! Mandar os chulinhos irem trabalhar é puro fascismo… Enfim, por isso é que este país será sempre um esgoto. E já agora, este(s) esquerdista(s) que aqui comenta(m), defendiam tanto os Democratas (que eram quem eu queria que ganhasse) nos USA, mas se tivessem um partido igual cá em PT, partido esse (os Democratas Americanos) que é bem mais virado à direita do que a nossa Social-Democracia (PSD), andariam aos berrinhos a gritar: “fascistas, fascistas”!. Enfim, a hipocrisia da esquerda não tem limites. Isto para não falar que os esquerdistas andam sempre a protestar por a UE se meter nos “assuntos” de Portugal, no entanto, agora acham-se no direito de se intrometerem nas eleições da maior e mais desenvolvida nação do mundo, nação essa que conta já com mais de 200 anos de maturidade Democrática.

  • Anónimo

    Eu já achava mau que chegue a comunidade GGGG do dezanove defender políticos de direita portugueses (se fossem políticos de direita holandeses até entenderia visto que esses são pró-LGBT). Agora quando vejo a comunidade GGGG do dezanove a defender fascistas? Que gente tão horrível que por aqui anda. Engoliram completamente a cassete da extrema-direita ao ponto que qualquer pessoa com actividade cerebral existente é imediatamente conotada com a extrema-esquerda. Vão mas é ter com os opressores que tanto idolatram e deixem a comunidade LGBT em paz.

  • Anónimo

    Ainda não percebeu que isto não é um jogo de futebol e não se trata de apoiar Hillary Clinton ou não? Trata-se sim de não aceitar fascismos. Trata-se de não aceitar violadores. Trata-se de não aceitar discriminação. Abra os olhos!

  • A favor dos comentários com Facebook

    No Facebook não se vê uma única pessoa a defender a extrema-direita. Para quando a implementação de comentários com Facebook para evitar que trolls de extrema-direita comentem aqui?

  • Ironia

    O PSD é “social-democrata” e a Coreia do Norte é uma “república democrática”.

  • Anónimo

    “Tenho a certeza que este comentário foi feito por alguém que diz que o atual governo de Portugal foi eleito de forma legitima.”
    Se você estivesse minimamente informado, saberia que as eleições legislativas em Portugal servem para eleger DEPUTADOS e não o primeiro-ministro. O primeiro-ministro não é eleito, é sim nomeado pelo presidente e tem que ter a aprovação do parlamento. Neste caso António Costa conseguiu o apoio da maioria do parlamento português (maioria essa que correspondia a mais de metade do eleitorado português). Paulo Portas explica:
    https://www.youtube.com/watch?v=RUFvhpQj9GE

    E um ano depois a popularidade da geringonça continua a aumentar enquanto os PAFiosos ladram e a caravana passa.

  • Anónimo

    “Por isso é que a imprensa o apelida de “extrema-direita”, para o descredibilizar.”
    Não, a imprensa (e qualquer pessoa com dois dedos de testa) apelida-o de “extrema-direita” porque ele é de extrema-direita. Ou já se interrogou porque é que ele foi banido do Twitter? Aliás, ele não foi banido simplesmente por ser de extrema-direita. Foi banido por assediar outr@s utilizador@s. Foi banido porque cada tweet dele continha mentiras machistas e racistas. Foi banido porque é uma pessoa horrível. Só é pena que não haja mais plataformas a proceder da mesma maneira.

  • Vaclav

    Donald Trump: legal e Legítimo.

    António Costa: legal mas Ilegítimo.

    Porquê? Porque antes das eleições nos EUA toda a gente nos EUA sabia que isto podia acontecer, tal como já aconteceu no passado. É uma lei (eleição por delegados e não por voto popular) com mais de 200 anos e que mantém os EUA unidos e com uma separação de poderes inigualável no mundo.

    Já em Portugal, Mário Soares tinha criado um muro entre o PS e os partidos da esquerda radical. Costa foi questionado durante a campanha de 2015 e nunca disse que ia coligar-se com partidos como o BE ou o PCP (que apoiam os regimes que apoiam no mundo). Sabia que, se o fizesse, o Passos Coelho tinha tido maioria absoluta (e atenção, estou a lixar-me para o PSD ou CDS, que para mim só diferem dos outros na dose (menor) de socialismo).

    Quanto à popularidade da geringonça, espere até acabar o dinheiro e a economia estourar outra vez… infelizmente não aparecerá nenhum Trump (que, realço, nada tem contra a comunidade LGBT, pelo contrário, apesar daquilo que a imprensa o pinta) em Portugal, que ponha os interesses instalados que comandam a opinião pública (media, professores universitários e políticos) a tremer, ao mesmo tempo que mantém uma sociedade e economia liberal, porque, talvez por causa do salazarismo e do catolicismo (portanto, do paternalismo histórico) nas bases desta sociedade, em Portugal acha-se sempre que “quem está nos lugares é que decide”

  • Vaclav

    Extrema-direita é, por exemplo, o programa da Le Pen, em França (que claro que celebrou a vitória do Trump apenas e só porque os partidos do sistema estavam contra ele, para se aproveitar disso mesmo e dessa onda anti-interesses instalados e anti politicamente correcto): direitos diferentes para filhos de imigrantes, impostos especiais de imigrantes, fechar fronteiras, economia baseada em subsídios, Estado na economia e até em todos os órgãos de comunicação social, retrocesso no casamento gay, etc.

    Isto é o programa da Le Pen. Vá ler o do Trump. Tem ZERO a ver. É o oposto.

    Não aplaudo se o Milo tiver dito algo racista, mas ele diz o que lhe apetecer desde que qualquer pessoa, independentemente da raça, religião, orientação sexual, etc, se tiver mérito, possa ser alguém na vida. E para isso é preciso mexer com muitos interesses já estruturados na nossa sociedade (sem, com isso, criar outro modelo de sociedade), que fazem que quem suba sejam os chicos espertos e os corruptos.

    E se essa sociedade for governada pela esquerda (como é o caso de Portugal), quem trabalhar ainda tem de pagar altos impostos para sustentar tudo isso e ainda os subsídios para quem não faz nenhum e a falta de regras (eu pago passe de transporte público caríssimo e inexistente de madrugada, grupos violentos entram nos tansportes sem pagar e nada lhes acontece, mas se for eu a andar sem bilhete vêm pedir-mo e multar-me, por exemplo) para caçar votos fáceis.

  • MaisUm

    Vi alguns vídeos deleno youtubr e vou ser sincero concordo com muito do seu discurso. Pelo menos no que vi. Mas depois cheguei a uns vídeos em que ele para responder a algumas pessoas da audiência tem de fazer recurso a piadinha sem graça nenhuma, mas que de certa forma faz com que a audiência ria e acaba por desestabilizar o seu oponente. Isso não gostei muito, principalmente quando são as típicas piadas gay do gênero “Eu não sou racista, se soubesses quantos piroc** pretas tiveram na minha boca”
    Podia ir longe, porque muito do que diz concordo, mas depois acaba por ser racista, homofóbico e muito mais.

  • Anónimo

    “grupos violentos entram nos tansportes sem pagar e nada lhes acontece”
    Se “grupos violentos” forem apanhados pela polícia sem pagar, são multados. Não invente.

  • Anónimo

    Também é triste esse tipo de gente comentar por aqui. Os opressores não seriam tão fortes se não tivessem cúmplices entre os oprimidos.

  • Anónimo

    Este tipo de pessoas são uma ameaça a uma sociedade inclusiva e diversa. Fascismo nunca mais!

  • Anónimo

    “O Milo é tão “racista” que tem um namorado negro…”
    Eu em criança também tinha amigos imaginários…

  • Anónimo

    “O Milo é tão “racista” que tem um namorado negro…”
    Namorados imaginários não contam.

  • Anónimo

    “Donald Trump: legal e Legítimo.

    António Costa: legal mas Ilegítimo.”

    Diz isso porque o António Costa sabe o significado da palavra “consentimento”?

  • Anónimo

    http://www.pinknews.co.uk/2017/10/23/weeks-after-his-gay-wedding-milo-yiannopoulos-tells-australians-to-vote-no-to-equal-marriage/
    O pedófilo Milo Yiannopoulos opõe-se ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
    O que é que os trolls neofascistas que o vieram defender têm a dizer sobre isto?