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Ricky Moniz: De enfermeiro a actor porno

Ricky Moniz

Tem 27 anos e é natural dos Açores. Estudou Psicologia em Portugal e depois Enfermagem em Inglaterra. E não ficou por aí.

Depois de se ter deparado com problemas no trabalho decidiu criar uma conta no Onlyfans e foi assim que tudo começou.

A pandemia abriu-lhe um novo horizonte: ser actor porno. Fomos conhecer o Ricky Moniz.

 

dezanove: Ir trabalhar para a indústria dos filmes porno era um sonho teu ou foi algo que se proporcionou? O que te alicia e delicia mais neste trabalho?
Ricky Moniz: Nunca sonhei em virar actor porno para ser honesto. Em 2020, antes do covid chegar à Europa, exercia enfermagem num hospital em Londres, quando sofri de um episódio de depressão grave e não fui apoiado pela Enfermeira Chefe. Isto que levou-me a ficar de baixa três meses. Nesses três meses apercebi-me que não queria voltar a trabalhar num ambiente tão tóxico e demiti-me. Nessa altura já a pandemia tinha atingindo a Europa em força e estava a ser difícil arranjar outro emprego. Foi aí que comecei a ver outras opções e deparei-me com a opção de criar uma conta no Onlyfans. Só uns meses depois é que comecei então a fazer vídeos para estúdios de porno.

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O que me alicia e delicia? Bem, nem sei por onde começar! Posso trabalhar em qualquer lugar do mundo, ganho mais do que ganhava como enfermeiro, tenho mais tempo para fazer coisas que eu gosto, como viajar, passear, cozinhar, ter tempos para amigos e família e acima de tudo a minha saúde mental está muito melhor do que quando trabalha quase sete dias por semana, 13 horas por dia.

 

Este tipo de trabalho ainda causa confusão a muitas pessoas. Que comentários negativos costumas ouvir e o que costumas responder?
No início quando comecei sim, ouvia alguns comentários negativos. Muitos diziam que nenhum rapaz me iria querer, que eu me estava a vender, que ser actor porno não era trabalho, entre muitos outros comentários. Hoje em dia já não recebo nada, talvez porque já estou num estado em que sou reconhecido internacionalmente e sabem que é difícil dizerem algo que me possa derrubar. No início era difícil não responder, mas tinha sempre amigos que me aconselhavam a não fazer caso.

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Quais são os cuidados que tens de ter ou te são fornecidos pelas produtoras para exercer esta profissão sem riscos?

Quase todas as produtoras com quem trabalhei e trabalho pedem um certificado de doenças sexualmente transmissíveis com 14 dias de antecedência e pedem para abster-me de relações sexuais após os exames e até ao final da produção dos vídeos. Além disso eu tomo todos os dias PREP que é a medicação que previne o VIH.

 

Quantos filmes de pornografia gay já fizeste? Consegues nomear três filmes preferidos e porquê?
Já perdi a conta! (risos). Apesar de só ter começado recentemente com produtoras porno, já devo ter feito mais de 20 vídeos profissionais.
É difícil nomear três filmes. Mas o meu preferido foi com outro actor porno português o Sir Peter e Andrey Vic para a Lucas Entertainment.

 

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Quem são os teus actores porno preferidos? Já conseguiste trabalhar com eles? Quem te falta?

Esta já é uma pergunta mais fácil! (risos). Os meus actores favoritos são o Allen King, Diego Sans, Malik Delgaty e claro o meu marido Igor Lucios! Só não tive oportunidade de trabalhar com o Diego e com o Malik, ainda 😏.

 

Foi fácil triunfar neste mundo? O que te custou mais?
Não é um mundo fácil, é preciso muita paciência e força de vontade. Não é um trabalho fácil como muitos pensam. Não é do dia para a noite que alguém se torna um actor porno de sucesso. O que provavelmente me custou mais e custa é não ter muita privacidade. Em qualquer lugar que vou no mundo há sempre quem me reconheça, os gays passam a olhar-te como um saco de carne que todos podem ter acesso. 

 

Entrevista de Paulo Monteiro

 

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