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Nem na mata se encontram histórias assim

Sair do armário - para Colónia

 

A minha história LGBTQIA+ nunca acaba, porque sempre se repete.

A nossa história LGBTQIA+, porque não é só minha, se repete em todes.

De formas diferentes. 

Uma mulher bi pensa ser hetero, é feliz mas falta algo

Olha para trás e vê amor em coisas que na altura não pareciam

 

Conhece alguém, e de repente o mundo é muito mais nítido,

mas muito mais pesado, com o segredo que guarda.

 

Precisa de ir para o estrangeiro, afastar-se da família,

para perceber que quer que a família saiba e que a amem com esta diferença.

Quando o faz, o maior peso desvanece,

mas uma parte lá continua,

todos os dias, em vários contextos,

alguns pesos continuam a existir, 

até se desvanecerem em pequenas saídas do armário.

 

Os amores passam, todos e cada um tornando o mundo um pouco mais nítido.

“Ah, afinal é isto o amor?” 

Diz, quando vê uma luz em cima do ombro esquerdo

 

Colónia, 50 anos passados do primeiro pride

50 anos de história LGBTQIA+, num momento mágico

O peso desvanece e tudo vale a pena quando há momentos assim

 

50 anos que se repetem em todas as gerações,

De queers que têm agora, como a mulher bi, de sair do armário

Um desejo profundo que todes tenham um momento como Colónia

E que saibam como vale a pena sair do armário



Ana Gonçalves de Carvalho

 

 Este texto é ficção e pertence ao projecto Voz Arco-Íris.