A acção de protesto levada a cabo este Sábado junto do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, em Lisboa, confirmou pelo menos mais um caso de negação de doação de sangue a um homossexual.
Depois de uma convocatória nas redes sociais um grupo de activistas reuniu-se na tarde de Sábado junto do IPST para tentarem doar sangue. O grupo envergava cartazes onde podiam ser lidas mensagens como “O meu sangue não é pior do que o de ninguém” ou “O sangue gay também salva vidas”.
Aquando da tentativa de dádiva de sangue por parte de um homossexual (o relato completo pode ser lido aqui), a técnica de saúde assistente recusou a dádiva depois do jovem que queria ser dador confirmar que mantinha uma relação com um homem. A recusa deu origem a uma reclamação exposta no livro de reclamações. O próximo passo será mandar uma carta ao Ministério da Saúde com o relato da situação e a exigir o fim da discriminação no acesso de homossexuais às doações de sangue.
A ideia do protesto deste Sábado, organizado pelo responsável do blog Bichas Cobardes, surgiu depois de terem sido conhecidos novos casos de impedimento de dadores de sangue no Instituto Superior Técnico. O caso foi denunciado há duas semanas pela associação CASA e deu a conhecer que três estudantes universitários viram a dádiva de sangue recusada depois de terem respondido que mantinham relações homossexuais.
Álbum de fotos de Filipe Mira sobre a acção de protesto aqui.
Um Comentário
Manuel Damas
Esta foi a confirmação da denúncia que a CASA tinha efectuado há duas semanas e que o IPST imediatamente veio desmentir, agora se provando, uma vez mais, que quem mentiu foi o Instituto Português do Sangue e seus responsáveis que publicaram um comunicado de resposta, vergonhosamente MENTIROSO. A CASA não mente e tem extrema cautela nas situações que denuncia publicamente, nunca o fazendo sem ter total confirmação e muito menos o faz o seu Presidente, que assinou o Comunicado de Denúncia. Assim sendo, hoje a CASA vê a sua denúncia comprovada e eu, seu Presidente, afirmo oficialmente que o Presidente do Instituto Português do Sangue MENTE quando nega a realidade que conhece e que foi previamente denunciada pela CASA. É mais do que altura dos responsáveis políticos deste País, terem cuidado com as afirmações oficiais que fazem, nomeadamente quando se atrevem a tentar descredibilizar quem não admite tal técnica terrorista que seria impensável em responsáveis oficiais mas que mais não são do que meros funcionários pagos por todos nós. Acima de tudo, exige-se decência! Àqueles que se voluntariaram para comprovar a situação a CASA agradece o contributo e informa não ter sido possível estar presente apenas por questão de agenda.