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Nem na mata se encontram histórias assim

São Marino é o primeiro país no mundo a eleger chefe de Estado LGBTQI+

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Na passada sexta-feira, dia 1 de Abril, foi feita história com São Marino a tornar-se o primeiro país do mundo a eleger um chefe de Estado abertamente gay. Um marco histórico para a comunidade LGBTQI+.

 

Paolo Rondelli, de 58 anos, foi eleito para o cargo de capitão-regente juntamente com Oscar Mina, recaindo uma grande atenção sobre o primeiro por ter reconhecido publicamente a sua homossexualidade, tornando-se o primeiro chefe de Estado em todo o mundo a fazê-lo. Durante seis meses, presidirá ao Conselho Geral, o órgão legislativo da pequena república, e apesar de não possuir poderes executivos, este actua, na prática, como chefe de Estado.

Rondelli tem vindo a desempenhar vários cargos na administração pública ao longo dos anos, foi embaixador nos Estados Unidos da América e director de uma das maiores entidades LGBTQI+ italianas, a Arcigay. Além dos seus cargos, o agora chefe de Estado tem sido um activista bastante vocal pelos direitos das mulheres e das pessoas LGBTQI+.

O precedente de figuras LGBTQI+ como chefes de governo já tinha sido aberto com governantes como Jóhanna Sigurðardóttir, ex-primeira-ministra da Islândia, Xavier Bettel, primeiro-ministro do Luxemburgo, eleito em 2013, e Ana Brnabić, primeira-ministra da Sérvia desde 2017, a assumirem publicamente a sua sexualidade, contudo esta é a primeira vez no mundo para o cargo de chefe de Estado.

Esta eleição representa um importante passo no sentido do reconhecimento, igualdade e representatividade das pessoas LGBTQI+ no mundo da política, recordando-se que ainda há 18 anos a demonstração pública de afectos entre pessoas do mesmo sexo era punida por lei com pena de prisão no país.

 

Mariana Vilhena Henriques