Este livro de Bruno Magina e com ilustrações de Joana Santos é escrito em forma de diário, do ponto de vista de Alex. Alex é um rapaz, que está a passar o verão em casa da avó, longe de Lisboa e é num parque que conhece Joana, que lhe pergunta se podem jogar à bola.
É a partir daqui que vamos descobrindo as personagens de uma forma doce, meiga, leve e ternurenta, assim como todas as camadas envolventes às mesmas: temos um Alex triste com a morte do pai, a sentir-se injustiçado por não lhe terem dito que este tinha cancro, pois acha que podia ter-se despedido de outra forma ou ter dito mais coisas ao pai, enquanto encontra em Joana uma amiga, que o deixa feliz, pois esta é alegre e divertida, que adora cor-de-rosa e que é uma menina trans, sendo descoberto aos olhos da avó de Alex, que lhe diz que o mundo está cada vez mais estranho, recusando explicar ao Alex o que se estava a passar, invocando que ele é “muito novo para perceber estas coisas! Os homens querem mudar as vontades de Deus, mas isso não é possível. Deus sabe sempre o que faz, Alexandre. Temos de respeitar as vontades de Deus”, contrastando com a forma simples, tranquila e leve que este encara: ela é uma rapariga e não é o órgão genital que importa.
Bruno Magina nasceu em Lisboa, em 1984. Em 2009, três anos após ter concluído a sua licenciatura em Ensino Básico e já com vários artigos publicados, iniciou o seu percurso em Educação e Formação de Adultos, que culminou com o Prémio de «Reconhecimento Social à Educação».
Foi um dos vencedores das «Bolsas Jovens Criadores 2015», dos «Much More Awards 2015-2016» e dos «Prémios Time Out Lisboa 2016».
O seu livro de estreia, “A Vila das Cores”, é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para Apoio a Projetos de Educação para a Cidadania.
É também autor de “Viagem a Coimbra” e “Sete Dias de Verão” e criador do Projecto «Tu Desenhas, Eu Escrevo».
Actualmente, colabora no Museu de Lisboa / EGEAC, tendo aí publicado “Manel e Chico descobrem o Teatro Romano”.
O mais recente título, “A Equipa Espacial”, assinala o início de um novo ciclo – e é, sem dúvida, a sua melhor obra.
Eme Pimentel Santos
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