“Não queríamos parecer-nos com nenhuma mulher, não queríamos delinear nenhuma luta, não nos sentíamos presas em corpos errados, não sabíamos o que fazíamos. Mas na rua baptizavam-nos com essa velha palavra enterrada e assinalavam a nossa beleza que era como uma casa. Travesti! – diziam, e isso bastava para formatar a imaginação e a rejeição de toda uma sociedade que já se tinha adaptado a essa forma de identificação.”
A Miss Argentina, Mariana Varela e a Miss Porto Rico, Fabiola Valentín, anunciaram o seu casamento através de umvídeo partilhado nas redes sociais e após dois anos de namoro em segredo.
Diana Sacayán recebeu em 2012 o seu novo bilhete de identidade das mãos da presidente Cristina Kirchner, logo após a aprovação de uma lei considerada revolucionária na América Latina. Diana, de 40 anos, foi encontrada morta no seu apartamento, em Buenos Aires, no início desta semana, com marcas de ter sido esfaqueada.
Os juízes Horacio Piombo e Ramon Sal Llargués estão no centro da polémica em Buenos Aires, Argentina. Tudo porque reduziram a pena de um pedófilo de seis anos para três anos e dois meses, alegando que a vítima de seis anos tem “orientação homossexual e estava acostumado a ser abusado”. O crime remota a Março de 2010. O acórdão segue agora para o Supremo Tribunal de Buenos Aires.
A última edição da revista Sábado publica uma entrevista com Andrés Gioeni, o ex-padre argentino que assumiu ser homossexual. Na Argentina todos o conhecem, sobretudo depois de ter despido a batina para assumir a sua orientação sexual.
“Para dançar o tango são precisos dois. Mas não precisam de ser, necessariamente, de sexo diferente” comentou eufórico o bailarino Juan Pablo Ramírez à agência noticiosa AFP, depois de dançar, com muitas ovações, junto com o seu companheiro de palco Daniel Arroyo. Juan Pablo e Daniel já foram um casal, mas hoje partilham apenas a sua grande paixão pela dança.Muitos aplausos e muitos “bravos” esfusiantes surgiram em catadupa da plateia que assistia à 11ª edição do Campeonato Mundial de Tango em Buenos Aires, Argentina, quando, pela primeira vez na história deste evento, casais do mesmo sexo participaram dançando abraçados e mostrando a sua destreza no palco. O facto foi considerado como uma pequena revolução que surpreendeu o público.
Habemus Papam: O cardeal argentino Jorge Mário Bergoglio, de 76 anos, é o sucessor de Bento XVI. O novo Papa adoptou o nome de Francisco I. A decisão foi conhecida esta quarta-feira após dois dias e quatro votações de um conclave que reuniu 115 cardeais. Este é o primeiro papa oriundo de um país onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a lei de identidade de género são permitidos.
Cristina Kirchner, a presidente da Argentina, foi distinguida pela mais representativa associação de defesa dos direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgéneras e intersexuais no planeta, a ILGA World.
Tobias tem um mês e foi registado há uma semana, na Argentina, como filho de Alejandro Grinblat, 35 anos, e Carlos Dermgerd, 41 anos. O casal tem, agora, reconhecidos os direitos paternais sobre a criança.
A Lei de Identidade de Género foi aprovada pelo Senado da Argentina esta quarta-feira. A lei deverá ser promulgada pela presidente Cristina Kirchner, que já declarou o seu apoio a esta lei à semelhança do que aconteceu com a lei da igualdade no acesso ao casamento.
Esta sexta-feira dois homens de nacionalidade paraguaia irão selar o primeiro casamento de cidadãos estrangeiros na Argentina. A cerimónia está marcada para as 11h locais, na cidade do Rosario. A boda será celebrada entre Simón Cazal e Sergio López (na foto). Cazal é director-executivo da associação SomosGay do Paraguai, enquanto Sergio López é activista no mesmo grupo.
“São precisos dois para dançar o tango” citação é conhecida, mas o dezanove descobriu que afinal não é bem assim. Mesmo que não tenha par e se ache o maior “pés de chumbo” do planeta, há ainda uma esperança, e com ambiente LGBT e hetero friendly .
Depois de ter actuado na Argentina esta terça-feira, deixando os fãs em delírio, Ricky Martin ainda não conseguiu sair de Buenos Aires devido às cinzas do vulcão chileno Puyehue-Cordón Caulle, que levou ao cancelamento de centenas de voos na América do Sul.
O primeiro passo no reconhecimento para a igualdade LGBT no mundo foi dado a 1 de Abril de 2001 nos Países Baixos. A lei ampliou o direito ao casamento aos casais do mesmo sexo e o primeiro casal do mesmo sexo a contrair casamento foi Helene Faasen e Anne-Marie.
O filme de promoção do festival de cinema Queer Lisboa foi premiado em Buenos Aires, Argentina, no festival de publicidade El Ojo, com o troféu de melhor anúncio de televisão português.
O spot, chamado Mister Pink, foi criado pela agência Fuel e pretende assinalar as comemorações dos 15 anos do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa, a decorrer no próximo ano. Segundo Pedro Bexiga, director criativo da Fuel, o filme é uma “homenagem ao universo dos filmes do Tarantino porque a obra dele tem uma temática completamente oposta ao que se espera no Queer”. O filme foi produzido pela Sync e teve sonorização da DizPlay.
Na Gala de Encerramento do Queer Lisboa 14, além de serem conhecidos os vencedores do festival, será exibida a longa-metragem argentina “Plan B” (2009) de Marco Berger. Depois da namorada Laura (Mercedes Quinteros) terminar a relação com Bruno (Manuel Vignau) e começar a namorar com Pablo (Lucas Ferraro), Bruno engendra um plano para se vingar. Laura, uma rapariga moderna, continua a ver Bruno. Este torna-se amigo de Pablo com o intuito de desgastar e minar a relação do casal, e de o apresentar a outras mulheres. Mas surge-lhe uma outra ideia mais eficiente, um plano B. Plano esse que vai pôr a sexualidade de ambos em causa.
Diz-se que a vingança é um prato que deve ser servido frio. Quando se formulam planos de vingança tem que se ter sempre em conta o inesperado, o imprevisto, o que não se consegue controlar. Sem grandes floreados, nem cenas românticas, este filme dá-nos um retrato verdadeiro de como não se deve brincar com os sentimentos e de como a paixão pode surgir da situação mais estranha, sem se estar à espera.
Marco Berger tem a astúcia e o desplante de nos dar a conhecer uma outra Argentina. Sem uma nunca imagem estilo bilhete-postal. Tal como as personagens do filme são pessoas que de tão comuns que o são se tornam únicas e singulares. É aqui que reside a tónica deste “Plan B”. Todos temos um plano para as nossas vidas, mas às vezes vemo-nos forçados a percorrer caminhos desconhecidos e isso é tão assustador, tal como o amor o é.
O filme “Plan B” integra a Gala de Encerramento do Queer Lisboa, que está marcada para as 21h de sábado, dia 25. O filme será antecedido da projecção da curta-metragem “14.3 seconds” de John Greyson. O Queer Lisboa vai entregar os prémios de melhor filme, melhor actriz, melhor actor, melhor documentário e melhor curta-metragem.
"Hoje somos uma sociedade um pouco mais igualitária do que na semana passada" é uma das muitas frases citadas pela imprensa internacional, do discurso de Cristina Kirchner, Presidente da República da Argentina, que promulgou ontem a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Estas questões têm a ver com a condição humana, com a aspiração e a igualdade. São coisas que não nos podem dividir, mas unir", afirmou a Chefe de Estado. "Com esta lei não se tirou nada de ninguém, deram-se direitos a que não os tinha", declarou ainda a governante.
Kirchner, relembrou Evita Perón, quando há 58 anos foi concedido o direito ao voto às mulheres argentinas, destacando como este passo é importante para a mudança social do país.
A Federação Argentina de Defesa dos Direitos dos LGBT (FALGBT) entregou à presidente uma placa com a menção "compromisso e valentia na defesa da igualdade e construção de um país para todas e todos". A lei concede iguais direitos, nomeadamente no que respeita à adopção de crianças.
Após uma enorme polémica e várias manifestações que dividiram a Argentina, colocando de um lado grupos religiosos e do outro activistas dos Direitos Humanos, o casamento foi aprovado pela Câmara dos Senadores na madrugada da passada quinta-feira. Na Argentina mais de 90% da população é católica e vários juízes já vieram a público demonstrar que não pretendem proceder aos casamentos civis. A lei não prevê a objecção de consciência.
A aprovação da lei está a suscitar o debate em vários países da América Latina, como no Brasil e no Paraguai. Recorde-se que na Cidade do México também é possível celebrar ao abrigo da lei o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O Senado argentino aprovou esta madrugada o projecto de lei que prevê o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovado a 5 de Maio pela Câmara dos Deputados: A Argentina torna-se assim o primeiro país da América do Sul a permitir legalmente a união entre homossexuais e o décimo no mundo.
O aceso debate durou 14 horas vividas com ansiedade pelas milhares de pessoas pró e contra casamento que aguardavam em frente do Congresso e nas redes sociais pelo resultado da votação. O cantor Ricky Martin, que recentemente se assumiu homossexual, comentavava na sua conta do twitter "Os mesmos direitos com os mesmos nomes para tod@s". A votação, que esteve sempre renhida, foi efectuada por maioria simples, com 33 votos a favor, 27 votos contra e 3 abstenções. Desde o final de Maio os senadores argentinos promoveram uma série de audiências públicas em Buenos Aires e em outras cidades argentinas para ouvir diferentes sectores da sociedade, como entidades religiosas, associações culturais e psicólogos.
Será agora necessário reformar o Código Civil argentino, alterando as palavras "marido e mulher" pelo termo "contraentes". Esta decisão prevê também igualdade de direitos no que respeita à adopção, heranças e benefícios sociais para casais de pessoas do mesmo sexo.
Ontem, em vários bairros de Buenos Aires decorreram entre as 20h e as 20h30 o “Ruidazo por la igualdad”, isto é, concentrações ruidosas a favor da aprovação da lei, em que os participantes se manifestaram com tachos, assobios e vuvuzelas. No entanto, em frente ao Congresso decorreu uma manifestação contra a nova lei. Segundo os organizadores, estariam 200 mil pessoas, um número que baixa para os 50 mil de acordo com os cálculos da imprensa local. Desde Dezembro de 2009 que nove casais homossexuais se casaram na Argentina, após apelarem aos tribunais para terem acesso a este direito.