Estávamos em 1976, em Montreal. Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, uma ginasta alcançava a pontuação máxima: um 10. A protagonista era a romena Nadia Comaneci que, com apenas 14 anos, atingia a perfeição.
Há livros que se limitam a explicar o passado. E há outros que rasgam o presente e o iluminam como uma lanterna na noite escura. Calibã e a Bruxa, de Silvia Federici, é um destes casos. Publicado pela primeira vez em 2004, e cuidadosamente editado em português, pela Orfeu Negro, com a força de quem já andava de mão em mão há anos, este ensaio não é apenas uma leitura histórica — é uma convocatória para se entender as dinâmicas sociais desde a Idade Média até aos dias de hoje.
O resultado das recentes eleições legislativas em Portugal, com crescimento exponencial da representação eleitoral da extrema-direita, só surpreendeu quem não esteve com atenção nos últimos 20 anos, e nos últimos dez, ou quem coloca tanta fé numa sociedade e economia de mercado que confunde o regime actual com uma verdadeira democracia.
A deputada Mariana Mortágua eleita recentemente pelo Bloco de Esquerda deu uma entrevista à plataforma feminista Maria Capaz em que falou sobre feminismo, sexismo e homofobia.