Os livros são uma ferramenta política poderosa. Despertando novas formas de pensar, agir e sentir, o acto de leitura contém em si a possibilidade de emancipação da mente e desenvolvimento do espírito crítico e livre, a possibilidade de transformação social e criação de novas formas de interagir com o mundo. Fruto do poder que o objecto livresco mostra encerrar surgem formas de controlo e limitação ao seu acesso. Recordemos que até Gutenberg e o surgimento da imprensa moderna o acesso aos livros era de uso privilegiado do clero e da nobreza. Na verdade não seria necessário recuar até tanto. Se recuarmos até meados do séc. XX, em Portugal, percebemos como os altos níveis de iliteracia espelhavam a desigualdade social de um país que passara meio século por um governo repressivo.
São muitos os temas de saúde sexual e menstrual censurados pelo universo das tecnologias. Contudo, os media sociais têm estado cada vez mais abertos a abordar estes assuntos, promovendo a discussão em torno de temáticas como as dores menstruais ou as doenças crónicas.
Desde que me recordo que tenho contacto com estereótipos de género. As típicas frases de “azul é para os meninos e rosa é para as meninas”, “os meninos brincam com carros e as meninas com bonecas”, “os rapazes não choram”. Estes são apenas três meros exemplos e poderia passar este artigo todo a enumerar outros tantos que ouço desde que tenho memória, mas esta questão não se trata unicamente da minha experiência pessoal.
Muito antes do Manhunt, do Grindr, do Scruff, ou do Tinder redefinirem as possibilidades de articulação entre homens gays, já os dark rooms – e outros espaços de cruising (saunas, bares, drag balls, discotecas) – existiam como espaços de construção de cultura, de fomento político-ideológico, e de resignificação das identidades LGBTQI+.
2016 não acaba antes de fazermos a retrospectiva sobre as polémicas que marcaram o ano. Subjacente a todas estão sempre os mesmos e perigosos denominadores comuns: ódio, homofobia ou muita ignorância. Nada como expor estes casos e podermos levar aos nossos leitores o mais importante: a informação que gera reflexão e acção.
A cantora brasileira Clarice Falcão lançou esta terça-feira o videoclipe do tema "Eu Escolhi Você". O vídeo que continha várias pessoas nuas a dançar e a brincar com os órgãos genitais gerou, em poucas horas, inúmeras reacções, gostos e partilhas. Mas também polémica.
Herman José foi distinguido com o primeiro Troféu Finalmente - Artes Cénicas pela sua "longa e brilhante carreira". Recorda connosco 12 clássicos que marcaram gerações.
O ano de 2014 foi marcado por momentos pouco consensuais em Portugal e no mundo. Em Portugal, e à cabeça, está a rejeição da lei da co-adopção pelo Parlamento, depois de uma novela política que envolveu uma proposta de referendo por parte do PSD entretanto chumbado pelo Tribunal Constitucional. Por apenas 5 votos se adiou a protecção legal das crianças que aos olhos de todos já vivem com casais do mesmo sexo, excepto para a lei portuguesa. No resto do mundo há várias polémicas por onde escolher.
Carlotta Trevisan, uma italiana de 28 anos, queria assinalar o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia no seu perfil de Facebook com uma foto de duas mulheres a beijarem-se, mas acabou envolvida numa polémica já de dimensão internacional.
Teve início no passada sexta-feira a primeira etapa da digressão asiática “The Born This Way Ball” da artista Lady Gaga, em Seoul. Cerca de 70 mil pessoas esgotaram o estádio nacional da capital sul coreana, num espectáculo com mais de duas horas e no qual Gaga cantou mais de 20 músicas.
Várias pessoas juntaram-se esta sexta-feira ao fim da tarde na estação de metro da Baixa-Chiado, em Lisboa, para trocarem beijos contra o repúdio pela recusa da publicidade da rede social gay Manhunt nos espaços publicitários daquela rede de transportes.
O Metro de Lisboa não autoriza publicidade a um novo serviço do Manhunt para telemóveis, que consiste na localização de perfis através da distância dos utilizadores. A denúncia, publicada na Time Out Lisboa, foi confirmada ao dezanove por Iuri Vilar, representante em Portugal da rede social de encontros entre homens. “Isto é discriminação sexual ao mais alto nível. Portugal foi o único país do mundo que viu esta campanha rejeitada. A mesma campanha está em vários suportes na Broadway”, diz.
A Benetton retirou imagem do Papa a beijar o Imã da Mesquita do Cairo da campanha Unhate após o Vaticano ter considerado a foto "uma grave falta de respeito com o Papa, uma ofensa aos sentimentos dos fiéis, uma demonstração evidente de como uma publicidade pode violar as regras elementares do respeito às pessoas para atrair a atenção mediante uma provocação".
A organização do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Barcelona decidiu retirar da sua programação o filme “Without Men”, de Gabriela Tagliavini, que tem como protagonista Eva Longoria.
Depois da polémica, o próprio Ricky Martin negou esta sexta-feira ao fim da noite, no seu Facebook, que menores de 15 anos não pudessem entrar no concerto da tour MAS, agendado para 16 de Outubro em Tegucigalpa, a capital das Honduras.