Em colaboração com a Associação Família Conservadora e deputados do Chega e ADN.
A Maiêutica - Cooperativa de Ensino Superior da Maia vai acolher um evento público, no próximo dia 17 de Maio, onde serão tratados temas como as "terapias de conversão" e a alegada "erosão da sociedade" por causa da "identidade de género".
Nos três artigos anteriores ilustrei episódios do tempo em que eu vivia com o meu progenitor, fazendo um desenho minimamente elucidativo sobre o perfil de quem se identifica com as opiniões da extrema-direita, concedendo-lhe o seu voto.
Entre os dias 1 e 2 de Março deste ano, decorreu, em Coimbra, o II Fórum LGBTQIA+ do Bloco de Esquerda, na Escola Martins de Freitas, em Coimbra. Estive presente e, inclusive, participei na esmagadora maioria dos debates a que assisti - e agora partilho convosco a memória da minha experiência.
A reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos representa um retrocesso significativo para os direitos humanos, especialmente para a comunidade LGBTQIA+ e para a estabilidade política mundial. Durante o seu primeiro mandato, Trump teve várias políticas que tiraram protecção para pessoas LGBTQIA+, incluindo a proibição de pessoas trans no exército e o enfraquecimento de políticas contra a discriminação. Agora, a sua retórica volta a suceder-se, indo na mesma direcção, consolidando a sua agenda conservadora, o que infelizmente dá força e serve de inspiração para outros governos ultra-direitistas.
Nuno Pardal Ribeiro, deputado da Assembleia Municipal de Lisboa e vice-presidente distrital de Lisboa pelo partido Chega, foi formalmente acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores.
A reeleição de Donald Trump não será apenas um acontecimento de impacto político nos Estados Unidos. Durante o seu primeiro mandato, as suas políticas e nomeações judiciais moldaram um ambiente cada vez mais hostil para a comunidade LGBT, com um enfoque particular nas pessoas trans.
No Parlamento Europeu, o Chega está integrado no grupo político Identidade e Democracia (ID), que integra partidos como a Lega italiana de Matteo Salvini ou a Rassemblement national de Marine Le Pen. Até recentemente também a AfD, partido de extrema direita alemão, fazia parte deste grupo, mas foi expulso na sequência de declarações do seu cabeça de lista a estas eleições, afirmando que nem todos os membros das SS Nazis eram criminosos. André Ventura disse não se rever nestas declarações, afirmando que deste episódio pode até resultar uma aproximação entre ID e Conservadores, outro grupo da direita radical no Parlamento Europeu onde, por exemplo, se encontra o Vox espanhol.
Confesso que estas eleições (para não falar no mundo em geral...) estão a deixar-me preocupado. Preocupado pela erosão progressiva dos grandes valores universais orientadores de esquerda: liberdade política, igualdade de oportunidades, justiça social e solidariedade. Valores humanistas que atravessaram e amadurecem ao longo de mais de 300 anos do pensamento político ocidental.
"Dar de beber à desventura" é uma canção de protesto em relação ao avanço das estratégias e retóricas de extrema-direita e ao seu protagonista actual em Portugal.
O programa eleitoral do Chega, partido que se assume como nacional, conservador, liberal e personalista, no espectro da extrema-direita europeia, partilhou o seu programa eleitoral no passado dia 9 de Fevereiro, um mês antes das eleições legislativas de 2024.
Diogo Faro, muito activo nas suas redes sociais, nomeadamente no que diz respeito aos direitos das minorias, partilhou na sua conta de Instagram, a 6 de Janeiro, uma história sobre Miguel Milhão, o fundador da Prozis – homem que já se manifestou contra o direito à IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez), que criticou a Vodafone por apresentar uma campanha publicitária que abordava a homossexualidade e que é manifestamente contra o socialismo, muito embora tenha recebido 18,5 milhões euros de fundos públicos.
O título é de uma famosa música de intervenção de Sérgio Godinho. Editada em 1974, fruto da revolução democrática dos cravos, Liberdade, é não só o nome de uma longínqua cantiga, referência de uma luta antiga, mas, na ordem do dia, labuta do movimento LGBTQIA+ português.
Os livros são uma ferramenta política poderosa. Despertando novas formas de pensar, agir e sentir, o acto de leitura contém em si a possibilidade de emancipação da mente e desenvolvimento do espírito crítico e livre, a possibilidade de transformação social e criação de novas formas de interagir com o mundo. Fruto do poder que o objecto livresco mostra encerrar surgem formas de controlo e limitação ao seu acesso. Recordemos que até Gutenberg e o surgimento da imprensa moderna o acesso aos livros era de uso privilegiado do clero e da nobreza. Na verdade não seria necessário recuar até tanto. Se recuarmos até meados do séc. XX, em Portugal, percebemos como os altos níveis de iliteracia espelhavam a desigualdade social de um país que passara meio século por um governo repressivo.
Depois do debate parlamentar na passada quarta-feira, esta sexta-feira, dia 21, estiveram a votação os projectos de lei que prevêm quer a proibição e criminalização das terapias de conversão forçadas de pessoas LGBTQI+ quer a autodeterminação da identidade de género nas escolas. Em discussão estavam oito projectos de lei sobre orientação sexual, identidade de género e características sexuais, da autoria do PS, PAN, Livre, Bloco de Esquerda e Chega.