Como é possível que, perante isto, perante uma pandemia silenciosa de suicídios, desencadeados por falta de empatia, por discriminação, por bullying, em função da orientação sexual, das características sexuais, da identidade e da expressão de género, ainda há quem tenha a falta de vergonha de falar em «ideologia de género» e em querer proibir a Disciplina de Educação para a Cidadania?
“A socialização no espaço público faz-se maioritariamente no masculino; basta ver um guia LGBT de Lisboa ou Porto e verificar que a esmagadora maioria dos locais identificados são claramente mais inclusivos de gays do que de lésbicas”. É a partir desta premissa que nasce o projecto LesFriendly, coordenado por Eduarda Ferreira, figura incontornável ligada ao Clube Safo e à defesa dos direitos das lésbicas em Portugal.
No passado dia 17 de Maio, Dia Internacional da Luta Contra a Homofobia e Transfobia, a ilha de São Miguel parece ter acordado com mensagens de luta e de amor.
Numa iniciativa entre Umar-Açores, APF-Açores, APAV-Açores, CIPA/Novo Dia e Pride Azores, nas varandas, portas e janelas dos espaços das associações foram colocadas bandeiras do arco-íris e a mensagem “Homofobia não é opção, é discriminação”.