Nos últimos tempos tem-se debatido bastante, até mesmo dentro da comunidade LGBTQIA+, se deveríamos realmente ter livros, filmes, séries e outros elementos culturais que sejam destacadamente de temática queer. Afinal, se queremos incluir-nos e mostrar que somos iguais a toda a gente, porque deve a cultura LGBTQIA+ ser demarcada com esse rótulo? A resposta é simples: representatividade.
Há 50 anos, a 13 de Maio de 1974, poucas semanas após o 25 de Abril, o Movimento de Acção Homossexual Revolucionária, publicava o Manifesto «Liberdade para as Minorias Sexuais», de que o fundador da Opus Diversidades (ex-Opus Gay), António Serzedelo, era um dos subscritores.
Se espreitarmos o Instagram de Taylor Catclaw, somos absorvidos pelo seu talento e pelo cunho muito pessoal que atribui à forma como tatua. Quem o segue há mais tempo, acompanhou a sua transição como homem trans, ignorando, contudo, o que se passava para lá das cortinas das redes sociais.
Esta crónica é um epílogo. Se calhar alguns de vocês estavam a torcer para esta saga do All by Myself que se estendeu durante cerca de um mês da minha vida acabar bem, se calhar alguns de vocês não porque, sejamos francos, escrever acerca das dificuldades é sempre mais gratificante para quem lê do que ler mais um final feliz. A minha grande reflexão neste epílogo é acerca da palavra timing.
No passado dia 20 de Julho, foi para o ar mais um programa “O Rei manda”, da Rádio AVfm de Ovar, no qual três locutores, falam sobre Francisco Soares, mais conhecido por Kiko is Hot, (o actor da série “Casa do Cais”), de forma sexualizada, preconceituosa e estereotipada.