Decorreu no passado sábado, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, a 5ª edição do Leiria Drag Festival (pela 2ª vez neste espaço). Este evento é organizado pelo Glitz Club Leiria, contando com a participação do seu elenco residente: Eva Brown, que dividiu ainda a apresentação do espectáculo com o conhecido stylist Mário de Carvalho, Debbie Bjorn, Giselle Brown e Cherry Flavour. A estas drag queen´s juntaram-se outros talentos, nomeadamente: Stefani Duvet, Belle Domage, Linda Xennon, Dyanne Star, Inny Legs, Allan Lynn, Roxy Vieira, Sarah Logan, Joyce Martinez e Laysa Star.
Esta semana acordámos para o pesadelo que se vive em Itália, país que voltou a ter um governo fascista, algo que não acontecia desde a II Guerra Mundial. A primeira-ministra Giorgia Meloni diz seguir «valores tradicionais» e tem visado as famílias LGBTQ+, bem como os imigrantes.
A reacção a mais um discurso do candidato presidencial André Ventura está a encher as redes sociais de homens e mulheres com os lábios pintados de batom vermelho.
As eleições presidenciais do passado Domingo colocaram Jair Bolsonaro (Partido Social Liberal (PSL)) e Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores (PT)) a disputar uma segunda volta agendada para 28 de Outubro.
Qualquer sinal de confusão ideológica no título deste artigo não é pura coincidência. Afinal, quando a piada não é engraçada, há que saber rir para não chorar.
Percebo a subversão que é um evento LGBT utilizar uma frase do fascismo para anunciar a sua festa. Até consigo perceber que o orgulho de sermos nós, de podermos ser nós, tenha um certo vislumbre de empoderamento, de libertação.
António Serzedelo, presidente da Opus Gay e vereador suplente da Câmara Municipal de Lisboa, propôs na última semana ao Gabinete de Assuntos Sociais a edificação de um Memorial no Jardim do Príncipe Real dedicado a todas as pessoas LGBT que foram vítimas dos processos fascistas, vilipendiados, perseguidos e presos.