“O que é a literatura? O que podem as palavras? (…) As palavras têm poder, deificam o mundo e as coisas, são dos instrumentos mais poderosos e letais que o ser humano detêm e a sociedade humana utiliza.” (p.232)
O Grito de Carnaval foi em Alfama, no beco de São Miguel, ali onde há seis anos começou o Bloco da Colombina Clandestina, o bloco de Lisboa, que leva a luta e a festa às ruas, lugares de encontro e resistência. Corpos negres, queer, feministas e antirracistas numa cidade em ambiente pós-colonial. No Panteão gritou-se contra Putin e a sua invasão à Ucrânia, no Coreto da Graça foi a “Luz de Tieta” que iluminou o lançamento do single “Histérica e Louca” de autoria de Heidy, a voz da Colombina, Puta da Silva, a voz da negritude trans e Alexa, palavras do feminismo anti-racista e descolonial.
Após duas edições, uma em 2016 e outra em 2018, o Rama em Flor, festival comunitário feminista queer, que se realiza em Lisboa, regressa este ano com um novo formato, alargado a quatro meses.
A actriz Emma Watson fez um discurso, no passado dia 20, na condição de embaixadora das Nações Unidas, apelando à igualdade de género. O discurso feminista foi partilhado por milhares de pessoas e tornou-se viral.