Num conjunto de experiências a partir de 2013, julgo ter passado por quase tudo, no que diz respeito a tratamentos de fertilidade. Além de todas as análises ao sangue, ecografias, citologias e a mal-afamada histerossalpingografia (para verificar a permeabilidade das trompas), passei por duas inseminações falhadas (feitas na Clínica IVI – Sevilha).
De 2016 a esta parte, passaram-se seis anos, os mesmos que trouxeram o acesso a técnicas de procriação medicamente assistidas (PMA) para todas as mulheres, sem excepção.
A Associação Portuguesa de Fertilidade assinalou, em 2021, o seu 15.º aniversário. Recentemente, foram lançados dois livros infantis “Na nossa história há… uma semente mágica!” e “Na nossa história há… uma fada!”, onde é explicado, com linguagem simples e ilustrações intuitivas, como são gerados os bebés que precisam de doação de gâmetas para serem fecundados.
Já não chegava o atraso de quase 30 anos em relação a Espanha, a votação sobre o alargamento das técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) a todas as mulheres em Portugal foi novamente adiada. Até há uma semana tudo indicava que após a discussão desta quinta-feira se seguiria a votação dos projectos de lei esta sexta-feira no Parlamento.
Matematicamente já se antevia o resultado. Os projectos de lei o PS e do Bloco de Esquerda acerca da procriação medicamente assistida (PMA) foram chumbados na passada sexta-feira no Parlamento.