Pessoas LGBTQIA+ continuam a ser utilizadas como forma de “insulto”
Não parece? Mas é homofobia!
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Não parece? Mas é homofobia!
Na segunda-feira jogaram, e venceram, os meus dois países. Luso-brasileiros em todo o mundo passaram por momentos de grande ansiedade, mas como eu não ligo muito a futebol, limitei-me a celebrar com um emoji sorridente quando alguém me notificou por mensagem os resultados.
No final do mês de Setembro, algumas jogadoras de futebol feminino denunciaram Miguel Afonso de assédio sexual, por actos que terão acontecido na altura em que as mesmas eram orientadas pelo então treinador, no Rio Ave, na época 2020/2021.
Alteraram a braçadeira de capitão, colocaram bandeiras nos estádios e, chegaram até, a criar uma onda de afecto quando um jogador se assumiu homossexual. Mas, apesar de todo o “activismo”, que agora percebemos falso, não se lembraram de mais nenhum país para celebrar a maior competição do desporto que amam. Tornou-se difícil a escolha e, por coincidência, ficou designado um país onde ser LGBTQIA+ não só é ilegal como é punível com pena de morte.
O Campeonato Mundial de Futebol FIFA de 2022 será a vigésima segunda edição deste evento desportivo e ocorrerá no Qatar, um país que criminaliza a homossexualidade. Muito se tem falado sobre a (in)segurança de pessoas LGBT neste país e as declarações de várias pessoas sobre o tema têm sido contraditórias.
Malta Futebol Clube é o nome do mais recente clube da Amadora, que surgiu da necessidade de se criar um espaço de pertença, um espaço que celebre, promova, privilegie e tenha como prioridade o bem-estar das mulheres e a cooperação entre elas. Treinam às quintas-feiras e ao domingo e estão abertas à integração de pessoas que se identifiquem como mulheres, não olhando à idade e/ou à habilidade.
O dezanove.pt foi conhecer um pouco mais deste projecto.
Homossexuais no futebol: É um dos maiores tabus da sociedade portuguesa. No país que "vive" para o futebol está a surgir uma equipa que joga contra o preconceito e onde, precisamente, a orientação sexual não é um factor tabu.
O presidente do comité organizador do Campeonato do Mundo de Futebol 2022, Nasser Al-Khater, afirmou que demonstrações de carinho serão mal vistas no Qatar. Seja para o público hetero seja para homossexuais.
Alba Aragón é uma jovem de 19 anos, que actua como guarda-redes do CAP Ciudad de Múrcia. Devido ao seu ciclo irregular, marcou uma consulta de ginecologia no hospital Hospital Reina Sofía no qual revelou a sua orientação sexual, sem esperar o resultado: consta no relatório que a sua doença actual é ser homossexual.
Segundo levantamento da ILGA (Associação Internacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Trans e Intersexuais), 70 países criminalizam a homossexualidade, o que representa 35% das nações membros da ONU (Organização das Nações Unidas).
Este rapaz fez o que todos deveríamos fazer: obrigou a homofobia futebolística e húngara, em particular, a perceber que os direitos das pessoas não são para calar por decreto ou silenciosa pressão.
Pensei muito, muito mesmo antes de escrever o que vou escrever, porém quero e preciso de o fazer para que a intimidação, a ameaça, o silenciamento, o bullying não triunfem.
No passado dia 20 de Junho, soube-se que a Câmara Municipal de Munique propôs iluminar com as cores da bandeira LGBTI+ o estádio Allianz Arena, onde irá decorrer o jogo do Euro 2020, entre a Alemanha e a Hungria, na próxima quarta-feira. A iluminação com as cores do arco-íris pretendia demonstrar solidariedade com a população da Hungria, depois do parlamento húngaro ter aprovado uma nova legislação anti-LGBTI+.
O livro da jornalista Danae Boronat, intitulado “No las llames chicas, llámalas futbolistas” (“Não as chames miúdas, chama-as futebolistas”), denuncia múltiplos abusos perpetrados por Ignacio Quereda, seleccionador de futebol feminino em Espanha entre 1988 e 2015. A Real Federação Espanhola de Futebol é, ainda, acusada de abafar as denúncias das atletas.
“Diversidade 1- 0 Preconceito” é assim que se designa a iniciativa da APF para combater a homofobia no futebol e festejar a diversidade. A iniciativa vai formar os atletas do SC Leixões.
O Sport Lisboa e Benfica lançou uma campanha de marketing voltada para a família. Através de um vídeo promocional, são retratadas e mencionadas diferentes tipologias, sendo estas inclusivas e igualitárias, promovendo assim o que chamam “Sócio Família”, e espelhando a diversidade que compõe a nossa sociedade.
Offside Lisboa é o primeiro festival de cinema independente com enfoque no futebol a realizar-se em Lisboa. Nasce do amor ao futebol e ao cinema e da vontade de mostrar que filmes e bola não são mundos distantes e têm pontos de contacto. a primeira edição decorre este fim-de-semana e traz um documentário sobre o primeiro futebolista que admitiu ser homossexual: Justin Fashanu.
Já começa a ser tradição no final de cada ano recebermos a notícia que o calendário dos atletas da associação Boys Just Wanna Have Fun (BJWHF) está a chegar. Este ano não é excepção. E a coisa promete.
O futebolista Robbie Rogers, que em 2013 assumiu ser homossexual, vai abandonar definitivamente os relvados ao fim de 11 anos de carreira.